O INSTRUMENTO “ENTREVISTA” FEZ PARTE DA AVALIAÇÃO DAS DISCIPLINAS DIDÁTICA E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, OBRIGATÓRIAS NA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS (UFAM), E OFERTADAS EM PERÍODO REMOTO, EM DETRIMENTO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS (SARS-COV-2). EM PERÍODOS “NORMAIS”, DOCENTES E DISCENTES ESTARIAM NAS SALAS DE AULA DA UNIVERSIDADE, REALIZANDO DIVERSAS OUTRAS ATIVIDADES PRÁTICAS, TAIS COMO: SEMINÁRIOS INTEGRADORES, VISITAS ÀS ESCOLAS, DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS. ENTRETANTO, COM O NOVO CENÁRIO DE EDUCAÇÃO POR MEIO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS, AS DOCENTES DESSAS DISCIPLINAS APRESENTARAM A ENTREVISTA COMO POSSIBILIDADE DE AVALIAÇÃO. PORTANTO, ESTE RELATO OBJETIVA DESCREVER A EXPERIÊNCIA COM O USO DA ENTREVISTA ENQUANTO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES. ASSIM, NO INÍCIO DO 3º PERÍODO, APÓS AS SEMANAS DE APRESENTAÇÃO DOS PLANOS DE ENSINO, PERCEBEMOS A PRESENÇA DE UM INSTRUMENTO POUCO UTILIZADO NO CURSO DE PEDAGOGIA – A ENTREVISTA. NUM MOMENTO INICIAL, AS PRIMEIRAS PERGUNTAS QUE SURGIRAM ENTRE NÓS – ESTUDANTES – FORAM: COMO REALIZAR UMA ENTREVISTA EM MEIO A UMA PANDEMIA COM UM IDOSO DE 60 ANOS, CONSIDERADO DO GRUPO DE RISCO DA COVID-19? ENQUANTO NA SEGUNDA DISCIPLINA, TÍNHAMOS QUE BUSCAR UMA PROFISSIONAL QUE EM MEIO A TODO ESSE CAOS, ESTAVA LIDANDO COM TODAS AS SUAS RESPONSABILIDADES COMO PROFESSORA, TRABALHANDO EM CASA E EM DOBRO. DIANTE DESSE CENÁRIO, NÃO PODERÍAMOS IR ATÉ A CASA DESSAS PESSOAS POR CONTA DA PANDEMIA, E AINDA O RECEIO DA CONEXÃO TORNAR-SE INSTÁVEL, IMPOSSIBILITANDO O DIÁLOGO. A PRIMEIRA ENTREVISTA FOI REALIZADA ATRAVÉS DE UMA ATIVIDADE DA DISCIPLINA DE DIDÁTICA COM OBJETIVO DE COMPREENDER A REALIDADE DOS EDUCADORES NESSE PERÍODO DE PANDEMIA E ATÉ MESMO ANTES DELE. PARA ISSO, CONTAMOS COM A PARTICIPAÇÃO DE UMA PROFESSORA QUE RESIDE NA CIDADE DE SANTARÉM (PA), GRADUADA EM PEDAGOGIA E ATUANTE EM UM CMEI DE TEMPO INTEGRAL. DESTACAMOS QUE ESSE FOI O GRANDE DIFERENCIAL DESSE TRABALHO, UMA VEZ QUE SE NÃO FOSSE O PERÍODO DE PANDEMIA, NÃO EXISTIRIA OU SERIA BEM BAIXA A POSSIBILIDADE DE MANTER ESSE TIPO DE CONTATO COM DOCENTES DE OUTRO ESTADO. EM SÍNTESE, NA ENTREVISTA FOI POSSÍVEL COMPREENDER A EXPERIÊNCIA DA PROFESSORA NA EDUCAÇÃO BÁSICA, DE MODO QUE ESTA ENFATIZOU QUE SER PROFESSOR NÃO É UMA PROFISSÃO FÁCIL, DEVENDO-NOS ESTAR EM CONSTANTE ADAPTAÇÃO, E PRINCIPALMENTE ASSUMINDO UMA POSTURA INVESTIGATIVA. POR INTERMÉDIO DESSA AVALIAÇÃO COM ENTREVISTA, FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR AS ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS PROFESSORES PARA LIDAR COM AS REDES SOCIAIS, MEIOS DE COMUNICAÇÃO COM PAIS E RESPONSÁVEIS, E AINDA O PROCESSO ÁRDUO DE PLANEJAMENTO E REPLANEJAMENTO FRENTE AO ENSINO REMOTO. AS FALAS DA PROFESSORA NOS REMETIAM AO EXERCÍCIO REFLEXIVO ACERCA DAS DESIGUALDADES SOCIAIS QUE FORAM DESCORTINADAS AO LONGO DESSE PERÍODO PANDÊMICO, REITERANDO QUE A PRINCIPAL HABILIDADE DO PROFESSOR NESSE MOMENTO DIFÍCIL, SEM DÚVIDAS, FOI A CAPACIDADE DE SER RESILIENTE. NESSA ENTREVISTA, OS DESAFIOS FORAM A CONEXÃO QUE OSCILAVA EM ALGUNS MOMENTOS, ALÉM DO NERVOSISMO NATURAL DE CONDUZIR UMA ENTREVISTA COM ALGUÉM DESCONHECIDO, DE MODO QUE TAL ATIVIDADE NOS PERMITE O TREINO DA COMUNICAÇÃO, DESENVOLVENDO NOSSA ORALIDADE E PENSAMENTO LÓGICO FRENTE AO ROTEIRO ELABORADO PARA A ENTREVISTA. A SEGUNDA ENTREVISTA ESTEVE VINCULADA À DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, COM OBJETIVO DE REFLETIR SOBRE TRÊS FASES DISTINTAS DO ENTREVISTADO (IDOSO COM MAIS DE 60 ANOS), INFÂNCIA, PERÍODO ESCOLAR E SENESCÊNCIA, PENSANDO NOS ASPECTOS QUE SE DIFERENCIAM E SE ASSEMELHAM. PARA ESSA ATIVIDADE, CONTAMOS COM UM ENTREVISTADO FAMILIAR, SENDO UMA ATIVIDADE CONSIDERADA MUITO RICA POR NOS PROPICIAR O ENTENDIMENTO ACERCA DOS MOTIVOS QUE LEVARAM ESTE SENHOR A NÃO CONCLUIR OS ESTUDOS, PERMITINDO QUE NÓS, ENQUANTO ESTUDANTES, RECONHEÇAMOS OS DIFERENTES ENTRAVES QUE JUSTIFICAM A EVASÃO ESCOLAR, QUE NO CASO DO ENTREVISTADO, OS MOTIVOS ESTÃO VINCULADOS A QUESTÕES FINANCEIRAS E À NECESSIDADE DE TRABALHAR PARA CUSTEAR A PRÓPRIA SOBREVIVÊNCIA. ATUALMENTE, ISSO TAMBÉM ACONTECE, ENTRETANTO EXISTEM PROGRAMAS DE APRENDIZAGEM QUE VISAM MINIMIZAR O QUANTITATIVO DE ADULTOS NESSAS CONDIÇÕES. NA TRAJETÓRIA NARRADA PELO ENTREVISTADO, PUDEMOS PERCEBER OS DIFERENTES CONCEITOS DE INFÂNCIA, INCLUSIVE TRABALHADOS AO LONGO DA DISCIPLINA, NOS REMETENDO A COMPREENSÃO DA SOCIEDADE DE TEMPOS ATRÁS. ALÉM DISSO, IDENTIFICAMOS O CENÁRIO ESCOLAR DA ÉPOCA, LISTADO PELO ENTREVISTADO COMO UM ESPAÇO DE APRENDIZAGEM, MAS COM MUITOS INDICADORES DE ENSINO TRADICIONAL, EM DESTAQUE PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA, REPORTADO PELO IDOSO, COMO UMA AULA DE MUITOS TRAUMAS EM RELAÇÃO A TABUADA. NESTA ENTREVISTA, O PRINCIPAL DESAFIO ERA A ACEITAÇÃO DO IDOSO EM PARTICIPAR DE NOSSA AVALIAÇÃO, ENTENDENDO QUE TODAS AS PERGUNTAS FAZIAM PARTE DE UM ROTEIRO, E QUE HAVERIA RESPEITO À FORMA DE COMUNICAÇÃO, IGNORANDO PRONÚNCIAS ERRADAS NA FALA E ASSEGURANDO A ASSERTIVIDADE NA HORA DE PROVER OS QUESTIONAMENTOS, EVITANDO BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO, MAL ESTAR, DENTRE OUTROS. POR FIM, A ENTREVISTA ADOTADA NO PERÍODO REMOTO DEMONSTROU-SE UMA RICA POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DEBATIDOS EM AULAS SÍNCRONAS E ASSÍNCRONAS, NOS PERMITINDO O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO E SÍNTESE. ASSIM, DEFENDEMOS QUE SEJA UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO CADA VEZ MAIS ADOTADO NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, POSTO QUE PRODUZ INÚMERAS APRENDIZAGENS PARA ALÉM DO CONTEÚDO APREENDIDO NAS DISCIPLINAS.