A literatura de uma forma ou de outra, está presente na vida do ser humano, desde quando as histórias eram contadas oralmente, evoluindo, após, para o registro dos relatos, em seguida inventividade ou criação das histórias atuais. Abordando, de uma forma ou de outra, algum ensinamento, transparecendo sempre a ligação entre as características apresentadas nas narrações com as presentes na época vivenciada pela sociedade. Podemos citar como exemplo, a percepção da figura da criança, que inicialmente era vista como um adulto em miniatura, nesse momento a literatura era igual para todos. Sendo que, a partir da segunda metade do século XIX, mais precisamente em 1921, com a história: “Narizinho Arrebitado”, publicação de Monteiro Lobato, a literatura infantil iniciou-se no Brasil. Evidenciamos ainda que a fusão do imaginário com a realidade nada mais é que a representação da literatura presente nas narrativas, que a torna uma literatura significativa. E, em consequência disso, convida os leitores a se identificarem na história contada. Reforçando, assim, a imaginação e o estabelecimento de um possível vínculo com o mundo da leitura.Um dos maiores desafios da escola tem sido o de formar leitores. Encontrar meios para atrair a atenção dos alunos para a literatura em meio a sociedade da tecnologia e da inovação. Onde tudo está pronto, a praticidade é o lema, dispensando esforços. As crianças são exímios leitores de mundo, se adaptando com facilidade as mudanças e novidades a que são expostas, na velocidade da evolução tecnológica. Mas em contra partida, ao decodificarem um texto, apresentam dificuldade para compreender sua mensagem.O gosto pela leitura é algo que precisa ser cultivado, começando pela forma com que se apresenta a literatura para a criança, tendo em vista que a forma como ocorre essa aproximação, poderá influenciar ou não, decisivamente, no decorrer do processo. De preferência de forma prazerosa e quanto antes, se possível nos primeiros meses de vida , respeitando logicamente o nível maturidade da criança. O adulto por sua vez (professor), precisa estar preparado, saber e praticar o que pretende ensinar, caso contrario, não será possível ensinar para alguém o que não se sabe.A partir disso, este trabalho pretende analisar a(s) forma(s) pela(s) qual(is) a literatura infantil vem sendo trabalhada pelos professores na escola, para que se possa contribuir para a formação de leitores críticos e criativos. Pretendemos também investigar a(s) metodologia(s) utilizada(s) pelo(s) professor (es) para estimular a imaginação, a criatividade e a criticidade dos alunos e compreender se o professor é ou não, um professor leitor, já que, de nada adianta se o professor não “contagiar” seu aluno para que ele possa se tornar um “ávido” leitor. Compreendendo que este “ávido” leitor se inicia pela forma com que o professor apresenta, manipula e entra em contato com o texto literário na escola, envolvendo as crianças. Para isso, baseamo-nos nos estudo de Chartier (1994); e Certeau (2008).