INTRODUÇÃO: Passamos por um período de grandes mudanças em que tudo é questionado, e novas ideias e tecnologias surgem em ritmo alucinante. Nos primeiros 25 anos de nossa vida, passamos boa parte deles em bancos escolares, desde o primeiro contato com a escola (...) até o momento em que nos graduamos, são quase 20 anos. Mas imaginem um profissional que se gradua em curso superior aos 25 anos e se aposenta aos 65 anos. São 40 anos de trabalho, nos quais ele coloca em prática todo o conhecimento acumulado na primeira fase da vida. Como pode alguém esperar passar 40 anos de sua vida profissional utilizando o conhecimento que foi adquirido enquanto jovem estudante, sem buscar atualizá-lo? Essa citação nos permite dizer que: uma pessoa a qual esta prestes a se aposentar nos dias atuais, e não procurou a atualização de seus conhecimentos no decorrer desses 40 anos, não esta informada acerca da conceitualização da humanização e onde ela esta compreendida atualmente. Então surgiu uma pergunta norteadora: como praticar um atendimento humanizado, sem o conhecimento do mesmo e de atualizações para prática clínica? A finalidade central desta pesquisa é de contribuir para a reflexão acerca da importância da educação continuada como fonte de aperfeiçoamento para os profissionais de saúde no atendimento humanizado. METODOLOGIA: O presente trabalho é uma revisão integrativa da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado em banco de dados SciELO, Lilacs e Medline, dando-se ate a saturação do tema. Foram seguidas algumas etapas como: identificação do tema, definição das informações a serem retiradas dos estudos e categorização dos estudos selecionados após uma avaliação pertinente e minuciosa do tema. Foi selecionada uma amostra randomizada de artigos que atenderam aos critérios de inclusão como: artigos disponíveis eletronicamente com um recorte temporal entre os anos de 2000 a 2014. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nas ultimas décadas, muito se tem discutido sobre a questão de que a graduação, qualquer que seja a área do conhecimento, não gera profissionais totalmente capacitados para todas as áreas do saber. Embora muitos hospitais-escola tenham Comitês de Humanização, o tema ainda é relativamente recente no cotidiano da maioria das práticas de atenção e ensino. Sobre esta questão, no Seminário Internacional de Gestão – 2008, uma pesquisa realizada com residentes do primeiro e ultimo ano da residência médica de um Hospital de São Paulo, revelou dados curiosos. Ao ingressarem na residência, os médicos apresentavam vaga noção do que seria humanização. Na saída, a maioria deles apresentou maior falta de informação e de interesse pelo o assunto, considerando que a humanização tem menos a ver com seu trabalho e mais com o serviço de voluntários, psicólogos e assistentes sociais. Ainda que essenciais à boa prática médica, para muitos alunos e professores as disciplinas de humanidades médicas são tidas como prescindíveis e desinteressantes. Um estudo em um hospital pediátrico, onde ocorreu a criação da Educação Continuada em agosto de 2003 são percebidos resultados positivos em treinamentos e reciclagem profissionais, pois 18 pessoas citam sua realização no hospital, embora em fase de aprimoramento. Mas, como esse processo é recente, ainda não contemplou todos os setores. Dentre os treinamentos, há destaque especial para melhoria do relacionamento entre usuários e familiares, visando inserir neste hospital a humanização hospitalar. Parece fundamental que o ensino da humanização na formação médica deve partir da conscientização do tema em todos os âmbitos nos quais se dá o aprendizado. Humanizar a saúde também significa que as mentalidades dos indivíduos vão sofrer mudanças positivas, criando novos profissionais mais capacitados que melhoram o sistema de saúde. Essa capacitação somente pode ser obtida através de um contínuo processo de atualização, dentro de um programa de Educação.Palavras-chave: “Educação Continuada”, “Humanização” e “Saúde”.