Este artigo aborda a Educação do campo na perspectiva da Pedagogia da Alternância a partir de uma Escola Municipal na zona rural da cidade de Alagoa Nova PB junto aos movimentos sociais dos trabalhadores rurais – MST que no Brasil iniciou-se na década de 80, lutando pelos direitos civis dos trabalhadores do campo, buscava a implementação de políticas públicas relacionadas à educação e a formação popular, retratando aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos, ressaltando os problemas que influenciam o êxodo rural, e apontando movimentos sociais e populares que gestaram essa educação com a finalidade de incluir os personagens que a tanto foram e ainda são marginalizados na historiografia do Brasil. O Objetivo do artigo é refletir sobre a importância da Educação do campo e da permanência do camponês em seu lugar de origem, analisando as questões referentes à Educação do Campo, influenciada pelos movimentos populares. Os movimentos sociais tiveram influência na construção da proposta dos princípios teórico-metodológicos da educação do campo que lutam por sua autonomia. Utilizamos a metodologia qualitativa numa perspectiva participativa através de uma pesquisa de campo numa Escola Municipal de Alagoa Nova, onde nos propomos a analisar os índices de analfabetismo, suas possíveis causas, realizaremos uma comparação com as escolas da zona urbana, a pesquisa visa evidenciar proposições que contemplem as propostas da Educação do Campo de forma a considerar a integração teoria e prática concebida a partir das propostas elaboradas junto aos movimentos sociais. Para nos basearmos dialogamos com autores que tratam sobre a Educação do Campo como educação que possibilita a garantia de acesso e permanência do espaço rural com qualidade, onde a população terá uma educação básica e profissional, que consolidem a cidadania das pessoas que se apropriem dessa educação qualificadora em seu próprio meio social, e assim contribuir para a diversidade social e cultural, respeitando os demais espaços, com a educação inclusiva. Fazendo relação com a Pedagogia da Alternância que estimula um desenvolvimento sustentável das áreas rurais do Brasil, preocupada com o equilíbrio entre as práticas agrárias, a saúde daqueles que os praticam e o meio ambiente, que o auxilie em seu cotidiano, com tempos alternados entre a teoria e a prática. Durante uma semana ou um mês os alunos aprendem a parte teórica e na outra semana vão colocar em prática o que aprenderam para utilizar na sua vivência. Para nossa fundamentação teórica nos apoiamos nos autores ARROYO (1999), CALDART (2004), FERNANDES (2012), (2005), FREIRE (1987), PINHEIRO (2007), SEVERINO (2007) e SILVA (2012). A perspectiva é diminuir os indicadores de analfabetismo no campo, pois ao ser contemplada com a Pedagogia da Alternância proporcionará mais oportunidades para os alunos. Concluímos que a Educação do campo precisa ser mais valorizada primeiramente pelos seus sujeitos, pela sociedade, e pelos órgãos governamentais, etc. e que a Pedagogia da Alternância é uma alternativa para relacionar teoria e prática, ajudar no combate ao analfabetismo e diminuir o êxodo rural.