A EMPATIA INCLUI ELEMENTOS COGNITIVOS LIGADOS AO JULGAMENTO DA SITUAÇÃO DO OUTRO E RESPOSTAS AFETIVAS ADVINDAS DESSE JULGAMENTO. NO BRASIL, POUCO SE TEM INVESTIGADO AS RELAÇÕES ENTRE EMPATIA E COMPORTAMENTOS DELITIVOS. ASSIM, O OBJETIVO PRINCIPAL DESTE ESTUDO FOI COMPREENDER AS RELAÇÕES ENTRE A EMPATIA E A AUTORIA DE ATOS INFRACIONAIS POR ADOLESCENTES. PARTICIPARAM DESTE ESTUDO 120 ADOLESCENTES, DE 12 A 18 ANOS, AMBOS OS SEXOS), DOS QUAIS METADE COMETEU ATOS INFRACIONAIS. VERIFICOU-SE QUE OS NÍVEIS GERAIS DE EMPATIA (T =- 3.16; P =.002), CONSIDERAÇÃO EMPÁTICA (T = -4.37; P =.002) E TOMADA DE PERSPECTIVA (T = -2.38; P = .019) FORAM MAIORES ENTRE OS ADOLESCENTES NÃO INFRATORES, BEM COMO ADOLESCENTES QUE COMETERAM ATOS INFRACIONAIS VIOLENTOS MOSTRARAM-SE MENOS EMPÁTICOS (P < ,001). ESSES RESULTADOS CORROBORAM A HIPÓTESE DE AUTORES COMO HOFFMAN E EISENBERG DE QUE A EMPATIA É INIBIDORA DE CONDUTAS QUE PROVOQUEM DANO E SOFRIMENTO AO OUTRO E APONTAM CAMINHOS PARA A INTERVENÇÃO NO SISTEMA EDUCACIONAL.