O OBJETIVO DESTE TRABALHO, PARA TANTO, SE CONSTITUI EM UMA OBRA E NELA O PAPEL DOS EXCLUÍDOS, DOS QUE ESTÃO AS MARGENS DENTRO DA LITERATURA JUVENIL CONTEMPORÂNEA. ABORDAREMOS, DESSE MODO, COMO O NEGRO E SUAS CULTURAS É ABORDADO NA OBRA DE NILMA LACERDA. VISTO QUE, POR SÉCULOS O NEGRO TEVE UM PAPEL DE ESCRAVO E SEGUNDO PLANO NA LITERATURA BRASILEIRA, QUE POR MUITO TEMPO TEVE A LITERATURA LUSA COMO SINÔNIMO. DESSA FORMA, A LITERATURA CONTEMPORÂNEA DAR LUGAR AS MARGENS, OU SEJA, OS EXCLUÍDOS QUE ANTES ERAM OBJETOS NAS PÁGINAS DO LIVRO, ATUALMENTE PELO QUE OBSERVA, ESTÁ NO SEU PAPEL COMO PROTAGONISTA, REIS, RAINHAS, MESMO ESSES PERSONAGENS SENDO NEGRO, HOMOSSEXUAIS, SEM TERRAS, E MULHERES. O CORPUS DESSE TRABALHO SE DEFERE NA ANÁLISE DO PAPEL DO NEGRO E DE SUAS CULTURAS EM “SORTES DE VILLAMOR” DE NILMA LACERDA. AS BASES TEÓRICAS UTILIZADAS FORAM EMBASADAS ATRAVÉS DE CUTI (2010), MEIRELES (1999), CUBA RICHE (1999) E CADEMARTORI (1994). DESSA MANEIRA SE DEMOSTROU QUE POR MUITO TEMPO, A LITERATURA JUVENIL BRASILEIRA ESTAVA FINCADA EM UMA ELITE DE SUPREMACIA BRANCA, ELITIZADA EUROPEIZADA E PRECONCEITUOSA NÃO CONCEBENDO QUE OS QUE ESTEVEM A MARGENS NÃO SÓ DA SOCIEDADE COMO DA LITERATURA TIVESSEM SEU ESPAÇO NOS LIVROS. NESSE SENTIDO, QUANDO NÃO ABORDA UMA SOCIEDADE QUE “FOGE DOS PADRÕES” ESTÁ FUGIDO DA REALIDADE, E GERA UMA DESCONEXÃO COM MUNDO SOCIAL EM QUE A CRIANÇA/JOVEM ESTÁ INSERIDO.