O PRESENTE ARTIGO OBJETIVA DISCUTIR A HISTÓRIA ORAL (HO) COMO METODOLOGIA DE PESQUISA QUE POSSIBILITA A CAPITAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE FONTE. TAL POSSIBILIDADE ALÉM DE PROPICIAR A CONSTRUÇÃO DE FONTES HISTÓRICAS DOCUMENTAIS, VIABILIZA O PROCESSO DE DESCONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA BRASILEIRA EM SUA VERSÃO UNÍVOCA - UNILATERIZADA - ESTRUTURADA SOBRE FALAS, DISCURSOS, IDEIAS E IDEOLOGIAS EUROCENTRADAS. A HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AINDA OCUPAM UM LUGAR DE MELINDRES JUNTO A HISTÓRIA EUROCÊNTRICA QUE HEGEMONICAMENTE NOS CONTAM, NÃO POR ACASO, MAS POR CARREGAREM CONSIGO OUTROS OLHARES QUE VÃO DE ENCONTRO À HISTÓRIA FANTASIOSA DE DESCOBERTA E DO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO. A SUBALTERNIZAÇÃO DE OUTROS OLHARES DA HISTÓRIA ATRELA-SE A INTERESSES DE ORDEM POLÍTICA, ECONÔMICA, SOCIAL E CULTURAL ARRAIGADOS AO PENSAMENTO COLONIAL, INFLUENCIANDO A EDUCAÇÃO, AS PRÁTICAS EDUCATIVAS E, POR CONSEGUINTE AS PRÁTICAS SOCIAIS, RESULTANDO NO APAGAMENTO E SILENCIAMENTO DE AGENTES HISTÓRICOS ADVINDOS DA POPULAÇÃO NEGRA. DESSA FORMA, A HO JUNTO PODE POTENCIALIZAR REPARAÇÕES DIANTE DO APAGAMENTO E SILENCIAMENTO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA QUANDO UTILIZADA DE FORMA DESCOLONIAL, EM ESPECIAL A HISTÓRIA DE MULHERES NEGRAS. ABORDAREMOS ASSIM, ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA HISTÓRIA ORAL DIALOGANDO COM AUTORES COMO ADICHIE (2009); CARNEIRO (2005) PESAVENTO (2007); ALBERTI (2005), ENTRE OUTROS.