FUGINDO DA CONCEPÇÃO DA MATEMÁTICA ENQUANTO CIÊNCIA RÍGIDA E UM CAMPO DE ESTUDO DE DIFÍCIL APRENDIZADO COMO ESTÁ PROPAGADO E IMBRICADO NO IMAGINÁRIO SOCIAL, CABE RESSALTAR QUE EXISTE UM NÚMERO CONSIDERÁVEL DE PESSOAS QUE POSSUI CONHECIMENTO DE PRÁTICAS MATEMÁTICAS, MESMO TENDO POUCA, OU NENHUMA, EDUCAÇÃO ESCOLAR FORMAL. ESTAS PESSOAS, EM SEU COTIDIANO MANIFESTAM SEUS SABERES EM TODA E QUALQUER FORMA DE CLASSIFICAR, ORDENAR, ORGANIZAR OU MENSURAR QUALQUER MATERIAL OU OBJETO. NESTE SENTIDO, A MATEMÁTICA ESTÁ INTRINSECAMENTE LIGADA À CULTURA, ENVOLVIDAS NUM CONTEXTO, DEMONSTRANDO UMA MANEIRA PRÓPRIA DE EXPLICAR E LIDAR COM AS PRÁTICAS QUE SURGEM A PARTIR DE NECESSIDADES DE SE REINVENTAR. ESTE TRABALHO DISCORRE SOBRE AS PRÁTICAS MATEMÁTICAS E OS SABERES DOS(AS) FEIRANTES DO MERCADO MUNICIPAL DEOCLECIANO SOARES ALVES, LOCALIZADO NO CENTRO DA CIDADE DE BRASÍLIA DE MINAS, NO NORTE DE MINAS GERAIS. ESTUDO QUE SE JUSTIFICA PELA IMPORTÂNCIA EM RETRATAR UMA PARTE DESMEMORIADA DA CULTURA DESSA GENTE. NESSE SENTIDO, TEM POR OBJETIVO ENCONTRAR E REGISTAR AS PRÁTICAS MATEMÁTICAS UTILIZADAS PELOS FEIRANTES. É IDENTIFICADA NA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS NESTE AMBIENTE DE SIGNIFICATIVO VALOR HISTÓRICO SOCIAL, UNIDADES DE MEDIDAS NÃO OFICIAIS, NÃO ENSINADAS NO ÂMBITO ESCOLAR, POR SUA VEZ, HÁ UMA PADRONIZAÇÃO REGIONAL, O QUE REPRESENTA CONSIDERAVELMENTE A CULTURA DESSA GENTE E O NEXO COM O CONTEXTO REGIONAL. ALGUMAS PRÁTICAS MATEMÁTICAS JÁ NÃO SÃO MAIS ENCONTRADAS NA FEIRA LIVRE DO MERCADO, MAS AINDA ESTÃO NA MEMORIA DE FEIRANTES E FREGUESES E AS POUCAS ESPECIFICIDADES QUE AINDA RESISTEM NESTE ESPAÇO PODEM SER SUBSTITUÍDAS, DEFINITIVAMENTE, PELAS BALANÇAS, INSTRUMENTOS E UNIDADES DE MEDIDAS CONVENCIONAIS.