A LITERATURA É UM DIREITO QUE DEVE SER ASSEGURADO AO SER HUMANO (CANDIDO, 2011), E A ESCOLA, COMO INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELA PROMOÇÃO DO ACESSO À LEITURA, PODE PROVER CONDIÇÕES NECESSÁRIAS AO ALCANCE DO TEXTO LITERÁRIO POR PARTE DE CRIANÇAS E JOVENS LEITORES. PARA TANTO, HÁ NECESSIDADE DE ABORDAGENS TEÓRICO-METODOLÓGICAS QUE ATENDAM A ESSA FORMAÇÃO BEM COMO DE TEXTOS QUE DISCUTAM PROBLEMÁTICAS VIVENCIADAS POR GRUPOS HISTORICAMENTE MARGINALIZADOS. É A PARTIR DA NECESSIDADE DE SE DEBATEREM TEMAS CONFLITUOSOS EM SALA DE AULA, COMO OS RELACIONADOS AOS DIVERSOS PAPÉIS SOCIAIS DA MULHER, QUE ESTE TRABALHO PROPÕE UMA PRÁTICA DE LEITURA COM O CONTO “OLHOS D’ÁGUA”, DA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO, COM BASE NO MÉTODO RECEPCIONAL, ELABORADO POR BORDINI E AGUIAR (1993), ANCORADO NA TEORIA DA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO (JAUSS, 1994). POR MEIO DE UMA PESQUISA DE NATUREZA QUALITATIVA-INTERPRETATIVA, ESPERA-SE, MEDIANTE A DIMENSÃO ESTÉTICA DO CONTO, DESTACAR O PAPEL DO LEITOR NA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA, FAVORÁVEL A UMA FORMAÇÃO HUMANA EMANCIPADORA (FREIRE, 2011), ALÉM DE LHE PERMITIR CONSTRUIR POSICIONAMENTOS E REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE A TEMÁTICA DA DIVERSIDADE E DA REPRESENTAÇÃO DA MULHER, DE MODO QUE CONSIGA COMPREENDER AS LUTAS ENFRENTADAS PELAS MULHERES AO LONGO DA HISTÓRIA, VÍTIMAS DE CONTEXTOS MISÓGINOS E MACHISTAS, QUE AINDA SE APRESENTAM EM NOSSA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.