ESTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DE PESSOAS LGBTQIA+ NOS ESPAÇOS DE SAUNAS NA CIDADE DE FORTALEZA, CAPITAL DO CEARÁ, DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL. PARA TANTO, UTILIZAMOS A PERSPECTIVA METODOLÓGICA DA NETNOGRAFIA A PARTIR DA COLETA DE DADOS EXTRAÍDOS E ANALISADOS PELAS ENTREVISTAS ON-LINE E PELO CADERNO DE CAMPO EM AMBIENTES VIRTUAIS, ASSIM COMO EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS ENTRE 2017 A 2019 PELO PRIMEIRO PESQUISADOR PARA O AUXÍLIO NA COMPREENSÃO DESTA INVESTIGAÇÃO. ENTRE MÁSCARAS E TOALHAS, REFLETIMOS SOBRE A PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES DE TRÊS PESSOAS, DOIS HOMENS CISGÊNERO HOMOSSEXUAIS E UMA MULHER TRANS NÃO-BINÁRIA, QUE FREQUENTAM OS AMBIENTES DAS SAUNAS HÁ APROXIMADAMENTE CINCO ANOS, COM FOCO NA EXPERIÊNCIA DURANTE OS EFEITOS DA PANDEMIA, ENTRE OS MESES DE MARÇO DE 2020 A MARÇO DE 2021. DESSE MODO, PERCEBEMOS QUE OS ESPAÇOS COMO A SAUNA, A BOATE, O CRUISING BAR, OS BANHEIROS, O DARK ROOM E OS CORREDORES, ASSIM COMO, AS RELAÇÕES DOS CORPOS ATRAVÉS DAS PRÁTICAS DISSIDENTES ARTICULAM FORMAS NÃO SÓ DE SUBVERTER OS USOS ESPACIAIS, MAS DE TRANSFORMAR OS SENTIDOS DO DESEJO PELA DISSIDÊNCIA. AO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O QUE SERIA UMA CRÍTICA FISTING, DO PONTO DE VISTA DO EXERCÍCIO ERÓTICO DE UMA ANÁLISE EXPLÍCITA, ARTICULAMOS A PRODUÇÃO DO RISCO EM UMA DIMENSÃO SUBJETIVA DE NEGOCIAÇÕES DO PRAZER EM TEMPOS DE HIGIENIZAÇÃO DOS CORPOS E DE CRISE SANITÁRIA, NA MEDIDA EM QUE AS EXPERIÊNCIAS DAS PESSOAS INTERLOCUTORAS REVELAM DINÂMICAS QUE ESCAPAM O DESEJO PARA ALÉM DO LOCKDOWN.