BUSCANDO CONHECER O COTIDIANO DO QUE É SER MULHER EM UM CONTEXTO RURAL, OBSERVA-SE QUE NO TERRITÓRIO NACIONAL, HÁ UMA PLURALIDADE DE FORMAS E PERCEPÇÕES DESTES SUJEITOS DE SI E SOBRE SUAS REPRESENTAÇÕES NO AMBIENTE EM QUE ATUAM. COMPREENDE-SE QUE ESTA PROPOSTA VISA ABORDAR AS AGRICULTORAS FEIRANTES QUE RESIDEM NO INTERIOR DE SANTA MARIA, MUNICÍPIO DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. ESTAS INTERLOCUTORAS SÃO APRESENTADAS ENQUANTO MULHERES CIS, BRANCAS, DESCENDENTES DE IMIGRANTES ITALIANOS/AS, CATÓLICAS E COM BAIXA ESCOLARIZAÇÃO. A PESQUISA E APROFUNDAMENTOS OCORRERAM POR MEIO DA ETNOGRAFIA DE RUA, TENDO COMO TÉCNICA A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2019, QUANDO SE REALIZARAM ACOMPANHAMENTOS SEMANAIS, NAS QUARTAS-FEIRAS E SÁBADOS, PELA PARTE DA MANHÃ. A FEIRA DE ALIMENTOS E ARTESANATOS NO CONTEXTO URBANO, PROPORCIONOU UMA PROXIMIDADE DA SUA ROTINA, DAS PREOCUPAÇÕES E INVESTIMENTOS SEMANAIS DAS MULHERES, BEM COMO SUAS FORMAS DE APRENDER E COMERCIALIZAR SUAS PRODUÇÕES E TAMBÉM VIVENCIAR O URBANO. A SOCIABILIDADE E A INTERAÇÃO COM O PÚBLICO DE DIFERENTES CLASSES, GÊNEROS, IDADES E ESCOLARIDADE, TAMBÉM LEVARAM ESTAS MULHERES A UMA TRANSFORMAÇÃO DO SER E DO INTERAGIR INDIVIDUAL QUE REFLETEM NO COLETIVO. ASSIM, DESTACA-SE A HABILIDADE DE APRENDER AS LÓGICAS DE MERCADO E A SE REFAZER NÃO APENAS PARA VENDER SEUS PRODUTOS, MAS EM COMO SER, VIVER E COMPREENDER O MUNDO.