O PRESENTE TRABALHO É ORIUNDO DE UMA PESQUISA CIENTÍFICA QUE SE BASEIA NAS INTERSECÇÕES ENTRE GÊNERO, DIREITO E LITERATURA. ESCRITO EM 1819, “MATHILDA”, DA AUTORA MARY SHELLEY, SÓ FOI PUBLICADO MAIS DE UM SÉCULO APÓS, EM 1959, POR TER UM ENREDO TRÁGICO DE UM INCESTO NÃO CONSUMADO ENTRE PAI E FILHA, ALÉM DE NARRAR EPISÓDIOS SUICIDAS. O EDITOR DAS OBRAS DA AUTORA DO RENOMADO “FRANKESTEIN”, QUE TAMBÉM ERA O SEU PAI, NÃO SÓ SE RECUSOU A PUBLICAR O LIVRO COMO SE NEGOU A DEVOLVER-LHE A ÚNICA CÓPIA MANUSCRITA, QUE SÓ FOI REDESCOBERTA DÉCADAS DEPOIS. FUNDAMENTADA NA METODOLOGIA BIBLIOGRÁFICA, ESTA PRODUÇÃO BUSCA DIALOGAR AS QUESTÕES DE GÊNERO — QUE ATRAVESSAM O TEXTO DA NOVELA LÍRICA —, O SEU CONTEXTO HISTÓRICO E A NORMATIVIDADE. PARA TANTO, TEVE-SE COMO PARÂMETRO A NECESSIDADE DE ABORDAR OS LIAMES DA DISTINÇÃO ENTRE A FICÇÃO NORMATIVA E NARRATIVA E, ADEMAIS, COMO ELAS TÊM SIDO A EXPRESSÃO DE UMA SOCIEDADE, EMINENTEMENTE, PATRIARCAL.