COM O SURGIMENTO DA PANDEMIA CAUSADA PELO COVID-19, VÁRIOS OBSTÁCULOS ENFRENTADOS PELAS MULHERES NO CAMPO CIENTIFICO SE INTENSIFICARAM. ANTES, AS MULHERES JÁ ENFRENTAVAM UMA DUPLA JORNADA DE TRABALHO E ENCONTRAVAM DIFICULDADES DE CONCILIAR A MATERNIDADE COM O TRABALHO MANTENDO A PRODUTIVIDADE NA PESQUISA. AGORA NA PANDEMIA, ESSAS QUESTÕES SE INTENSIFICARAM. CADA VEZ MAIS, A MÍDIA TEM DIVULGADO TAIS PROBLEMAS, MAS NEM SEMPRE O PÚBLICO É RECEPTIVO E COMPREENSIVO COM QUEM PASSA POR ESSAS SITUAÇÕES. COM BASE NISSO, O OBJETIVO DESTE TRABALHO É ANALISAR OS COMENTÁRIOS NEGATIVOS DE UMA REPORTAGEM PUBLICADA NO DIA 26 DE MAIO DE 2020 NO SITE DA UOL QUE ABORDA OS DESAFIOS ENFRENTADOS NA PANDEMIA PELAS MÃES CIENTISTAS. ESSA REPORTAGEM FOI SELECIONADA, POIS FOI A ÚNICA QUE ABORDAVA ESSAS QUESTÕES E POSSUÍA OS COMENTÁRIOS ABERTOS PARA O PÚBLICO EM GERAL. O REFERENCIAL TEÓRICO UTILIZADO SÃO OS ESTUDOS DE LONDA SCHIEBINGER SOBRE A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA CIÊNCIA E AS QUESTÕES SOBRE MATERNIDADE. PARA A ANÁLISE DOS DADOS FOI UTILIZADO A ANÁLISE DE CONTEÚDO DE BARDIN. DOS 45 COMENTÁRIOS DISPONÍVEIS ATÉ O MOMENTO, 26 DELES ERAM CRÍTICAS AO CONTEÚDO APRESENTADO NA REPORTAGEM. AS CATEGORIAS EMERGENTES DESTA ANÁLISE MOSTRAM QUE ALGUNS LEITORES DA REPORTAGEM CONSIDERAM QUE AS MÃES CIENTISTAS QUE RELATAM DIFICULDADES ESTÃO SE FAZENDO DE VÍTIMAS, QUE AS DIFICULDADES ENFRENTADAS SÃO OPÇÕES DA MULHER JÁ QUE ELA PODERIA TER OPTADO POR NÃO TER FILHOS OU DIMINUEM O PROBLEMA UTILIZANDO O ARGUMENTO QUE TODOS ESTÃO PASSANDO POR DIFICULDADES.