SABE-SE QUE A POPULAÇÃO TRANS DENTRE AS DITAS DISSIDÊNCIAS SEXUAIS E DE GÊNERO SÃO AS QUE MAIS SOFREM MARGINALIZAÇÃO E EXCLUSÃO SOCIAL, MARCADO PELA DIFICULDADE DO EXERCÍCIO DE SUA CIDADANIA, INCLUSIVE NO ACESSO À SAÚDE. DIANTE DESSA PROBLEMÁTICA, ESTE TRABALHO TEVE COMO OBJETIVO COMPREENDER A EXPERIÊNCIA DE MULHERES TRANS NO ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE, EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR BAIANO, COM O FOCO EM SUAS PERCEPÇÕES ACERCA DO ATENDIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ÀS SUAS DEMANDAS. TRATA-SE DO RECORTE DE UM ESTUDO QUALITATIVO REALIZADO ATRAVÉS DE UM ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA COM 04 MULHERES TRANS E TRAVESTIS CONTATADAS ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS OU POR INDICAÇÕES DE SEUS PARES. AS NARRATIVAS FORAM SUBMETIDAS A TÉCNICA DE ANÁLISE DE CONTEÚDO TEMÁTICA PROPOSTA POR LAURENCE BARDIN APÓS A TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS. A PARTIR DOS RELATOS COLETADOS EMERGIRAM DUAS CATEGORIAS RELACIONADAS À SAÚDE: (1) MODIFICAÇÕES CORPORAIS E (2) EXPERIÊNCIA DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE, NAS QUAIS PODE-SE OBSERVAR OS DILEMAS QUE AS MULHERES TRANS E TRAVESTIS ENFRENTAM QUANDO BUSCAM SERVIÇOS DE SAÚDE AMBULATORIAIS E ESPECIALIZADOS, NOS QUAIS SOFREM CONSTANTEMENTE DISCRIMINAÇÃO EM VISTA DA SUA IDENTIDADE DE GÊNERO, DESRESPEITO AO NOME SOCIAL, ALÉM DA FRAGILIDADE DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS NO CUIDADO DESSAS PESSOAS. POR FIM, O ESTUDO DEMONSTROU A NECESSIDADE DE SE INVESTIR NUMA FORMAÇÃO CURRICULAR MAIS QUALIFICADA PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE VOLTADAS PARA AS QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE, BEM COMO SOBRE AS DEMANDAS PECULIARES DO PÚBLICO TRANS PARA UM ACOLHIMENTO HUMANIZADO E EFICIENTE.