ESTA PROPOSTA VERSA SOBRE AS PRÁTICAS DE SILENCIAMENTO E INFANTILIZAÇÃO DOS ÍNDIOS PELO SABER OCIDENTAL E QUE OS INSERIU EM UMA LÓGICA DE PRIMITIVIZAÇÃO SOB OS DITAMES COLONIAIS, ONDE VIDAS HUMANAS ERAM DISPENSÁVEIS E SABERES SUBALTERNIZADOS. DIANTE DISSO, O PENSAMENTO DECOLONIAL, QUE CONSIDERA A COLONIZAÇÃO COMO UM SISTEMA QUE SE DESDOBRA NO IMPERIALISMO MODERNO, CONSTITUI-SE COMO UMA RESISTÊNCIA CONTÍNUA DO SER AFROINDÍGENA. TAL SISTEMA É ROBUSTECIDO PELO TRANSFEMINISMO AFROINDÍGENA, QUE REIVINDICA AS LINGUAGENS CORPORAIS NUMA VIA OPOSTA À DA HETERONORMATIVIDADE BINÁRIA OCIDENTAL. ASSIM, ESSES DISCURSOS DO "TERCEIRO MUNDO” VÃO NA CONTRAMÃO DOS EPISTEMICÍDIOS QUEERS COLONIAIS E ENQUADRAM O DIREITO A SAÚDE DAS PESSOAS TRANS PARA ALÉM DA LÓGICA DOS DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS. LOGO, O TRANSFEMINISMO AFROINDÍGENA FILIA-SE ÀS EPISTEMOLOGIAS QUE CRITICAM O SISTEMA MUNDO OCIDENTAL, ESTABELECENDO PERSPECTIVAS PLURIVERSAIS OPOSTAS ÀS LÓGICAS DICOTÔMICAS, CATEGÓRICAS E ONTOLÓGICAS DOS DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS, BEM COMO REIVINDICAM RESPEITO À AUTONOMIA E ECOLOGIA DOS SEUS CORPOS. NESTE VIÉS O TRANSFEMINISMO AFROINDÍGENA ENTENDE QUE O CORPO, GÊNERO, SAÚDE E SEXUALIDADE SÃO REPRODUZIDOS EM CONTEXTOS ÉTNICO RACIAIS, NÃO EM DISCURSOS HIERARQUIZANTES, TÍPICOS DOS DISCURSOS COLONIAIS. CONTATA-SE, POIS, QUE O PENSAMENTO TRANSFEMINISTA AFROINDÍGENA TRANSGRIDE RELAÇÕES DE PODER E SE EXPRESSA MAIS PELAS LINGUAGENS CORPORAIS QUE PELAS LÍNGUAS OFICIAIS ATRAVÉS DAS DESOBEDIÊNCIAS EPISTEMOLÓGICAS. ASSIM, OS DIREITOS HUMANOS, NO ÂMBITO DO SEU DISCURSO DE UNIVERSALIDADE ENCONTRAM NO TRANSFEMINISMO AFRO INDÍGENA RESISTÊNCIAS ORIUNDAS DE SEUS SABERES ANCESTRAIS NO TOCANTE A PRÁTICAS SE SAÚDE CORPORAL E SEXUAL COLETIVA. O REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO FOI A ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO IMAGÉTICO