O TRABALHO OBJETIVA ANALISAR ALGUMAS DAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS BRASILEIRAS SOBRE HIV/AIDS, PARTINDO DO CONCEITO DE “NARRATIVAS PÓS-COQUETEL”, FORMULADO POR SOUSA (2016). O CONCEITO POSTULA QUE HÁ TRANSFORMAÇÕES NA REPRESENTAÇÃO DO HIV/AIDS NAS PRODUÇÕES ARTÍSTICAS - PRINCIPALMENTE NORTE-AMERICANAS - ENTRE O PERÍODO DE SURGIMENTO DA EPIDEMIA (ERA PRÉ-COQUETEL) E A ELABORAÇÃO DO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL (ERA PÓS-COQUETEL). EM SUMA, FALAVA-SE MUITO MAIS DO “MORRER DE AIDS” E, ATUALMENTE, É O “VIVER COM HIV” QUE ORIENTA ESSAS PRODUÇÕES. POR MEIO DE LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO, FOI POSSÍVEL OBSERVAR QUE AS PRODUÇÕES LITERÁRIAS NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 TENDIAM A TRATAR MUITO MAIS DE MORTE E MEDO. JÁ NAS OBRAS ATUAIS, NOSSOS OBJETOS DE PESQUISA - OS LIVROS VOCÊ NÃO FEZ NADA ERRADO, DE FELIPE CRUZ (2018), E BUG CHASER, DE ROMÁRIO RODRIGUES LOURENÇO (2020) - APONTAM QUE AS NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS DIALOGAM COM OS TEMPOS ATUAIS DO HIV/AIDS. TODAVIA, EXISTEM ALGUNS LIMITES NO CONCEITO, POIS, NA OBRA DE CRUZ (2018), O ADOECIMENTO E A DIFICULDADE NA ADESÃO AO TRATAMENTO (PORTANTO, A POSSIBILIDADE DA MORTE) SÃO PAUTAS LATENTES. DE MODO GERAL, O CONCEITO DE “NARRATIVAS PÓS-COQUETEL” É ÚTIL PARA OBSERVARMOS AS TRANSFORMAÇÕES NA TRATATIVA DO HIV/AIDS NAS ARTES, MAS POSSUI ALGUNS LIMITES E QUE, POR ISSO, NECESSITA DE OUTRAS PESQUISAS.