O PRESENTE TEXTO EXTERIORIZA AS INQUIETAÇÕES E DORES PELAS NÍTIDAS AUSÊNCIAS DE REFERÊNCIAS DE MULHERES NEGRAS COMO AGENTES PRODUTORAS DE CONHECIMENTOS/EPISTEMOLOGIAS. PARTO DO PRESSUPOSTO DE QUE AS EXPERIÊNCIAS E AS METODOLOGIAS BRANCA/DOMINANTE NÃO CONSEGUEM ABARCAR OS ATRAVESSAMENTOS QUE NÓS, MULHERES NEGRAS TEMOS, POIS NÃO DIALOGAM COM O NOSSO JEITO DE SER, ESTAR, PENSAR E ATUAR NO MUNDO. PORTANTO, COMO A VIDA E A ARTE NÃO ESTÃO SEPARADAS, PROBLEMATIZO SOBRE AS AUSÊNCIAS DE REFERÊNCIAS DE MULHERES NEGRAS, ENQUANTO AGENTES PRODUTORAS DE CONHECIMENTOS, A PARTIR DA POESIA DISSIDENTE DE RYANE LEÃO. BUSQUEI CONCILIAR A ARTE DAS PALAVRAS E O PODER QUE AS MESMAS TÊM DE DESLOCAR E PROVOCAR DESCONFORTOS, DE COLOCAR NO COLO E FAZER CAFUNÉ E QUEM SABE ATÉ EMANAR MICROS REVOLUÇÕES. SÃO ESSAS DORES, DE SÉCULOS DE SILENCIAMENTOS, QUE TEM PROVOCADO EM NÓS MULHERES NEGRAS, A REBELDIA DE ERGUER A VOZ E GRITAR, SE PRECISO FOR, PARA QUE SEJAMOS OUVIDAS. MESMO PORQUE, NÃO BASTA TER SOMENTE O LUGAR DE FALA, SE NÃO SOMOS ESCUTADXS E RESPEITADXS EM NOSSOS DIREITOS EM DIZER QUE NOSSAS VIDAS IMPORTAM, QUE NOSSOS CONHECIMENTOS SÃO VÁLIDOS.