A NOÇÃO DE EQUIDADE FOI ESTABELECIDA COMO UM DOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) E GANHOU RELATIVA VISIBILIDADE INSTITUCIONAL NO ÂMBITO DAS CHAMADAS POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA EQUIDADE EM SAÚDE. A DESPEITO DE SUA INSTITUCIONALIZAÇÃO, A EQUIDADE ENQUANTO CATEGORIA-CHAVE NAS POLÍTICAS SOCIAIS SOFREU UM GRADUAL ESVAZIAMENTO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, DEVIDO ÀS DIFERENTES GUINADAS POLÍTICAS E AGENDAS ÉTICO-MORAIS DOS CONTRASTANTES GOVERNOS. NESTE CONTEXTO, O PRESENTE ARTIGO PROPÕE REFLEXÕES EM TORNO DAS POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA EQUIDADE EM SAÚDE IMPLEMENTADAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE E VOLTADAS PARA SEGMENTOS POPULACIONAIS VULNERÁVEIS. FORAM IDENTIFICADOS DOIS ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA A CONTINUIDADE DESTA POLÍTICA NO SETOR SAÚDE: A GESTÃO PARTICIPATIVA E A TRANSVERSALIDADE. TAIS REFLEXÕES FORAM SUBSIDIADAS POR DIVERSAS FONTES DOCUMENTAIS, QUAIS SEJAM, REGISTROS ETNOGRÁFICOS DE PESQUISA ACADÊMICA, MATERIAIS DE MÍDIAS VIRTUAIS E NORMATIVOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. À LUZ DE REFERENCIAL SÓCIO-ANTROPOLÓGICO, OS RESULTADOS SINALIZARAM UM PROCESSO DE “DESIDRATAÇÃO” DESTAS POLÍTICAS, MOTIVADO PELA DESMOBILIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL E CRISE ECONÔMICA DO PAÍS. ADEMAIS, ESTE PROCESSO EXPÔS TENSÕES ENTRE OS SENTIDOS FORMAL E MATERIAL DO PRINCÍPIO DE IGUALDADE, TENSÕES ESTAS QUE ACENTUAM FRICÇÕES ENTRE A OPERACIONALIZAÇÃO DA IGUALDADE E DA EQUIDADE. POR FIM, É POSSÍVEL COMPREENDER OS GRANDES DESAFIOS IMPOSTOS ÀS POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA EQUIDADE EM SAÚDE, NO QUE DIZ RESPEITO À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS À SAÚDE DAS POPULAÇÕES VULNERÁVEIS.