TENDO EM VISTA A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DA TEMÁTICA ÉTNICO-RACIAL NA ATUALIDADE E A NECESSIDADE DE SUA INSERÇÃO NOS ESPAÇOS DE FORMAÇÃO SOCIAL, ESTE ARTIGO BUSCA DISCUTIR ORIGENS E CONTINUIDADES DE MEMÓRIAS SOCIAIS NEGATIVAS SOBRE O NEGRO NO BRASIL E A EDUCAÇÃO FORMAL COMO ESPAÇO PROPÍCIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM ANTIRRACISTAS. ADOTA-SE COMO METODOLOGIA A ANÁLISE E DISCUSSÃO TEÓRICA ACERCA DO TEMA, BASEADA NOS ESTUDOS DE PAUL RICOEUR SOBRE MEMÓRIA, ALÉM DE AUTORES IMPORTANTES NO DEBATE DE QUESTÕES ÉTNICAS, RACISMO E EDUCAÇÃO, COMO KABENGELE MUNANGA, NILMA LINO GOMES, GRADA KILOMBA E OUTROS. COMO RESULTADOS COMPREENDEU-SE QUE, APESAR DAS LUTAS QUE EXIGIRAM E FOMENTARAM IMPLEMENTAÇÃO DE LEIS E AUMENTARAM A VISIBILIDADE SOBRE A DESCONSTRUÇÃO DO RACISMO EM ÂMBITO SOCIAL E EDUCACIONAL, AS MEMÓRIAS DE NEGATIVIDADE SOBRE OS NEGROS NA SOCIEDADE BRASIELEIRA FORAM CONSTRUÍDAS E MUITO BEM ENGENDRADAS MEDIANTE DIVERSAS FORMAS DE MANIPULAÇÃO QUE LEGITIMARAM NARRATIVAS DOMINANTES, TENDO COMO CONSEQUÊNCIA A PERPETUAÇÃO VELADA OU EXPLÍCITA DO RACISMO PELA IMAGEM ESTEREOTIPADA SOBRE O NEGRO E IDEOLOGIAS DE INFERIORIDADE. ENTENDE-SE, AINDA ASSIM, QUE A ESCOLA COMO LUGAR DE FORMAÇÃO DE AGENTES SOCIAIS PODE E PRECISA INTERFERIR NAS PRÁTICAS RACISTAS ATRAVÉS DO ESTÍMULO À REFLEXÃO SOBRE OS ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS E QUESTÕES DAS RELAÇÕES DE DESIGUALDADE NA SOCIEDADE. INFERE-SE, AINDA, QUE QUANDO O SER PASSA POR UM PROCESSO EDUCACIONAL FORMAL ESCLARECEDOR, TENDE A DESENVOLVER CONSCIÊNCIA CRÍTICA E A ENXERGAR MAIS FACILMENTE AS MANIPULAÇÕES POSTAS NOS DISCURSOS EM MEIO À COLETIVIDADE, REFLETINDO SOBRE O QUE DEVE APREENDER E O QUE DEVE COMBATER.