NO CENÁRIO POLÍTICO ATUAL, A SEXUALIDADE SE TORNOU UM CAMPO DE DISPUTAS, SOBRETUDO, POR UM VIÉS NEOLIBERAL E CONSERVADOR. A ESCOLA, ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA O ACONTECER DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, TORNOU-SE ALVO DESSAS INCURSÕES, INDICANDO A NECESSIDADE DE SE REFLETIR DE MODO CRÍTICO SOBRE COMO ESSE CONTEXTO SOCIOCULTURAL TEM AFETADO O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. NESTE CONTEXTO, BUSCAMOS DISCUTIR A POTENCIALIDADE DO USO DA OBRA CINEMATOGRÁFICA PELO MALO PARA ACESSAR AS VIVÊNCIAS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, COM IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL QUE ESCAPAM À NORMATIVIDADE QUE REGULA SEUS CORPOS E DESEJOS. TRATA-SE DE UM FILME PRODUZIDO NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO NO ANO DE 2013, EM QUE QUESTÕES RELATIVAS A SEXUALIDADE SÃO VIVENCIADAS POR UM MENINO NEGRO DE 9 ANOS DE IDADE QUE LIDA COTIDIANAMENTE COM CONFLITOS RELACIONAIS COM A SUA MÃE. PARA ESSA DISCUSSÃO O REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO ADOTADO É A PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL DE VIGOTSKI, QUE COMPREENDE O SOCIAL E A CULTURA COMO CONDIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO. NESSA PERSPECTIVA, DESTACAMOS O PAPEL DOS AFETOS E DA IMAGINAÇÃO A PARTIR DOS QUAIS É POSSÍVEL COMPREENDER A CAPACIDADE CRIADORA DOS SUJEITOS, QUE NEGOCIAM COM SEU CONTEXTO POSSIBILIDADES DIVERSAS DE SER E EXISTIR NO MUNDO. ESPERA-SE COM ESSA DISCUSSÃO AMPLIAR O DIÁLOGO SOBRE A POTENCIALIDADE DA ARTE NA COMPREENSÃO DOS AFETOS PRESENTES NAS RELAÇÕES DE ADOLESCENTES E DAS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA EM DIÁLOGO COM AUTORES (AS) DA TEORIA CRÍTICA NO CAMPO DE ESTUDOS DE GÊNERO E SEXUALIDADE.