A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS É O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ORIUNDO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ENTRE PESSOAS SURDAS. DESSE MODO, AS OBRAS LITERÁRIAS PRODUZIDAS NAS LÍNGUAS VISUAIS-GESTUAIS CARREGAM MARCAS DE VALORIZAÇÃO DA PESSOA SURDA, DA HISTÓRIA DE VIDA DOS SINALIZANTES E, POR VEZES, DENUNCIAM SITUAÇÕES DE EXCLUSÃO E VIOLÊNCIA VIVENCIADAS PELOS SURDOS. ELAS APRESENTAM E REPRESENTAM AS EXPERIÊNCIAS VISUAIS DESTA MINORIA LINGUÍSTICA, DESTACANDO O SER SURDO E, PORTANTO, SE CONSTITUEM COMO INSTRUMENTOS DE VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE SURDA E DA LÍNGUA DE SINAIS. ESSAS OBRAS CONVERGEM AINDA NO SENTIDO DE PROPORCIONAR O LETRAMENTO LITERÁRIO DO SURDO NA SUA LÍNGUA MATERNA E, CONSEQUENTEMENTE, RESSIGNIFICAR O MUNDO A PARTIR DA VISUALIDADE, ALÉM DE DISCUTIR AS VISÕES ERRÔNEAS QUE A SOCIEDADE TECEU A RESPEITO DESSES INDIVÍDUOS. NESSE SENTIDO, O TRABALHO EM TELA SE PROPÕE, ATRAVÉS DE UMA PESQUISA BÁSICA, COM DADOS ORIUNDOS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E COM ABORDAGEM QUALITATIVA, DISCUTIR A RELEVÂNCIA DA LITERATURA EM LIBRAS PARA O LETRAMENTO LITERÁRIO DO SUJEITO SURDO E A SUPERAÇÃO DISCURSO CLÍNICO-TERAPÊUTICO DA SURDEZ. COMO PRINCIPAIS RESULTADOS APRESENTAMOS A POSSIBILIDADE DE INSERÇÃO DE OBRAS PRODUZIDAS NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NAS AULAS DE LITERATURA; A COMPREENSÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA PESSOA SURDA, BEM COMO DAS BARREIRAS SOCIAIS ENCONTRADAS PELOS SURDOS NA SOCIEDADE MAJORITARIAMENTE OUVINTE; A AMPLIAÇÃO DO USO DA LÍNGUA DE SINAIS NA ESCOLA REGULAR E O RESGATE DA MEMÓRIA, DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E DE VALORIZAÇÃO DA AUTOESTIMA DO ESTUDANTE SURDO.