A PRESENTE PESQUISA SE BASEIA NO REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL. NESTA PERSPECTIVA, COMPREENDE-SE QUE OS SIGNIFICADOS DOS CONCEITOS SÃO PRODUTOS SOCIAIS E TRANSFORMAM-SE ACOMPANHANDO O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO E DOS GRUPOS. ASSIM, A CONCEITUAÇÃO DA DEFICIÊNCIA FOI RESSIGNIFICADA AO LONGO DA HISTÓRIA E POR DIFERENTES CULTURAS. NESTE TRABALHO, SERÃO ABORDADAS TRÊS PRINCIPAIS CONCEPÇÕES DE DEFICIÊNCIA: METAFÍSICA, BIOLÓGICA E SOCIAL. É DE GRANDE IMPORTÂNCIA COMPREENDER OS DIFERENTES SIGNIFICADOS DO CONCEITO DE DEFICIÊNCIA, UMA VEZ QUE INFLUENCIAM AS RELAÇÕES SOCIAIS E ORIENTAM AS AÇÕES E PRÁTICAS VOLTADAS ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. ASSIM, A PRESENTE PESQUISA BUSCOU ANALISAR COMO UM GRUPO DE 1.874 UNIVERSITÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE ESTADUAL PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO COMPREENDE A DEFICIÊNCIA E, PARA ISTO, FOI UTILIZADA A ESCALA INTERCULTURAL DE CONCEPÇÕES DE DEFICIÊNCIA (EICD), COMPOSTA POR AFIRMATIVAS, DIVIDIDAS ENTRE AS TRÊS CONCEPÇÕES DE DEFICIÊNCIAS SUPRACITADAS. A PARTIR DOS RESULTADOS, VERIFICOU-SE UMA DISCORDÂNCIA COM A CONCEPÇÃO METAFÍSICA, PORÉM, COM AS CONCEPÇÕES BIOLÓGICA E SOCIAL, VERIFICOU-SE APENAS TENDÊNCIAS À CONCORDÂNCIA OU À DISCORDÂNCIA. ISTO DEMONSTRA QUE OS UNIVERSITÁRIOS POSSUEM CONSCIÊNCIA DO QUE NÃO É DEFICIÊNCIA, MAS NÃO DO QUE É. OU SEJA, MESMO EM UM ESPAÇO FORMATIVO COMO A UNIVERSIDADE, A COMPREENSÃO DOS UNIVERSITÁRIOS ACERCA DA DEFICIÊNCIA SE MOSTROU RASA E SUPERFICIAL. PORTANTO, AS IMPLICAÇÕES DESTE ESTUDO SUGEREM A NECESSIDADE DE INVESTIR EM AÇÕES QUE AMPLIEM O CONHECIMENTO DOS UNIVERSITÁRIOS FRENTE À TEMÁTICA, SEJA A PARTIR DE REESTRUTURAÇÕES CURRICULARES E/OU DE EVENTOS, PROJETOS E DEBATES SOBRE O TEMA.