O PRESENTE TRABALHO TEM POR OBJETIVO ANALISAR O FANZINE CÍRCULO POÉTICO DE XIQUE-XIQUE – COMO PRODUTO DO PROJETO DE EXTENSÃO ESTUDOS DE CRIAÇÃO LITERÁRIA: A POESIA, TAMBÉM UMA DEMANDA DO GRUPO QUE NASCEU DESSA EXPERIÊNCIA CRIATIVA, COM NOME DE SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS. DESSE MODO, CONSIDERA-SE ESTA CONFRARIA E O ZINE QUE DINAMIZAVA SUAS PRODUÇÕES COMO ESPAÇO VIVO DE PLURALIDADE POÉTICA, DIVERSAS VOZES E DEMANDAS, CONVERGENTES E DIVERGENTES NO CURSO DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (CAMPUS XXIV), ONDE CABIA O PROJETO (ZINE) E QUE MAIS TARDE VIRIA A SE DESVENCILHAR E ALÇAR VOOS INDEPENDENTES. O CÍRCULO POÉTICO DE XIQUE-XIQUE PODE SER PERCEBIDO COMO UM MODELO DE PARTILHA, SUA CONSTITUIÇÃO FORMAL, ANORMAL AOS PADRÕES LITERÁRIOS E ATÉ MESMO ÀS DOBRAS ZINEIRAS – SENDO APRESENTADO COMO UMA GRANDE DOBRADURA DE UMA OU VÁRIAS FOLHAS DE PAPEL – E DE CONTEÚDO, NOS REMETE TANTO A QUEBRA QUANTO AO CAMINHO QUE PODE SER PERCORRIDO E, AQUI, PENSAR O MATERIAL GRÁFICO E POÉTICO SOBRE O QUAL REDIJO É PENSAR ATÉ QUE PONTO VAI A MATERIALIDADE DESSE CAMINHO NUNCA ESTACIONADO. O CÍRCULAR I (COMO FICOU CONHECIDO) É O DESAFIO, CABERIA AO ZINE EM UM CONTEXTO DE MÍDIA NÃO HEGEMÔNICA E DISRUPTIVA TAIS DESAFIOS FRENTE À LITERATURA. NESSA PERSPECTIVA, CABE REFLETIR ACERCA DOS MOVIMENTOS DE RUPTURA EM RELAÇÃO AO STATUS QUO LITERÁRIO, TRAZENDO A TONA DISCUSSÕES IMPORTANTES COMO QUAL O LUGAR DA POESIA, SE DENTRO DA UNIVERSIDADE, COM O LIRISMO CANÔNICO OU NAS RUAS COM A URGÊNCIA QUASE DESTRUTIVA DO GÊNERO LITERÁRIO GUIADO PELAS DEMANDAS DE QUEM O FAZ OU DA SOCIEDADE QUE O CIRCUNDA NÃO MENOSPREZANDO A ANÁLISE ACURADA DO CÍRCULO POÉTICO DE XIQUE-XIQUE, SEUS FUNDAMENTOS, HISTÓRIA E FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ACADÊMICA. O ARTIGO TERÁ COMO APORTE TEÓRICO AS DISCUSSÕES DE MAGALHÃES (1993, 2003, 2009) E EDGAR GUIMARÃES (2005) SOBRE O FANZINE, SEU SURGIMENTO, HISTÓRIA E CONTEXTO ATUAL. PARA ANÁLISE DA NOÇÃO DE ARTE COMO FORMA DE RESISTÊNCIA NA ATUALIDADE SERÁ UTILIZADO BENJAMIM (1935), BUSANELLO (2015) E RANCIÈRE (2007, 2010).