Artigo Anais do I CONEIL

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-92-4

LINGUAGEM, AUTISMO E PEDAGOGIA: UMA DISCUSSÃO A LUZ DA TEORIA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA

Palavra-chaves: LINGUAGEM, AUTISMO, PEDAGOGIA, TEORIA ENUNCIATIVA Comunicação Oral (CO) AT 02: Aquisição e Transtornos de Linguagem
"2020-11-17 10:33:45" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 72091
    "edicao_id" => 144
    "trabalho_id" => 205
    "inscrito_id" => 668
    "titulo" => "LINGUAGEM, AUTISMO E PEDAGOGIA: UMA DISCUSSÃO A LUZ DA TEORIA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA"
    "resumo" => "ESTE TRABALHO É FRUTO DE UM ESTÁGIO EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEURO PEDAGOGIA COM CRIANÇAS DENTRO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA). MESMO ACONTECENDO EM AMBIENTE DE CLINICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DO RECIFE, NOS REMETE AO AMBIENTE ESCOLAR, ESPECIFICAMENTE A SALA DE AULA. POIS EM NOSSAS SALAS DE AULA OS PROFISSIONAIS DOS ANOS INICIAIS TÊM SE DEPARADO COM O GRANDE DESAFIO DE ALFABETIZAR. E QUANDO SE TRATA DE CRIANÇAS DENTRO DO (TEA) O ESFORÇO PRECISA SER INTENSIFICADO. QUANDO O ASSUNTO É LINGUAGEM, SE RECORRE AS QUESTÕES NEUROBIOLOGICAS, A METODOLOGIAS QUE PROMETEM SUCESSOS, MATERIAL DIDÁTICO E PEDAGÓGICO ESPECÍFICOS PARA TEA. MAS, SEM A COMPREENSÃO DA LINGUAGEM NAS MAIS DIVERSAS PERSPECTIVAS OU MESMO UM EQUIVOCADO ENTENDIMENTO SOBRE CONCEPÇÃO LINGUAGEM, TODOS ESSES RECURSOS SE TORNAM MEROS INSTRUMENTOS EM USO. A RELEVANCIA DESTE TRABALHO ESTÁ EM DISCUSSIR A LINGUAGEM NA PERSPECTIVIA LINGUISTICA DA ENUNCIAÇÃO EM BENVENISTE, AINDA DESCONHECIDA PELOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO QUE TRABALHAM NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA. COMO A ESCOLA É O LUGAR QUE OCUPA UM TEMPO SIGNIFICATIVO NA VIDA DESSAS CRIANÇAS DENTRO DO TEA ESTE TRABALHO SURGE COMO SUPORTE TEÓRICO PARA LIDAR COM ESSE DESAFIO, TAMBÉM COMO UMA POSSIBILIDADE DE DIRECIONAMENTO DE PROCEDIMENTOS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS. A RELEVÂNCIA DESTA PESQUISA TAMBÉM SE ENCONTRA EM SER FONTE DE PESQUISA, A ESSES PROFISSIONAIS NA SUPERAÇÃO DA IDEIA DE QUE AUTISTA NÃO TEM LINGUAGEM. TAMBÉM PODERÁ CONTRIBUIR COM A EFETIVA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, POSSIBILITANDO A PLENA PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA DENTRO DO TEA EM TODAS AS ATIVIDADES. USAMOS COMO APORTE TEÓRICO BENVENISTE (1991, 2006) SEUS CONCEITOS DE LINGUAGEM, SUBJETIVIDADE, DE ENUNCIAÇÃO E DE QUE O SUJEITO SE CONSTITUI PELA E NA LINGUAGEM. E POR ENTENDERMOS QUE O SUJEITO AUTISTA DE ESTAR NA LINGUAGEM DE MANEIRA MUITO PARTICULAR E PECULIAR E QUE ENCONTRAMOS A PONTE QUE LIGA A TEORIA ESTAR AO AUTISMO. TEMOS POR OBJETIVOS ANALISAR A LUZ DA TEORIA LINGUÍSTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA AS FALAS DE MÃES NO QUE SE REFERE A LINGUAGEM DE SEUS FILHOS. RELATAR E DISCUTIR A LUZ DA TEORIA LINGUISTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA ELEMENTOS QUE REMETAM A LINGUAGEM NO AUTISMO A PARTIR DO QUE AS MÃES DESCREVEM, E REFLETIR SOBRE A LINGUAGEM NO AUTISMO APRENDIDAS PELAS MÃES EM CONTRAPONTO COM A ÓTICA ESTAR. DE ABORDAGEM QUALITATIVA, PESQUISA É DE CARÁTER EXPLICATIVA, VISTO QUE PROCURAMOS REGISTRAR FATOS, ANALISAR, INTERPRETAR, IDENTIFICANDO SUAS CAUSAS EM BUSCA DAS GENERALIZAÇÕES, MAIS AMPLAS. ESTE TRABALHO TERÁ AS SEGUINTES ETAPAS: VAMOS DESCREVER O AMBIENTE FÍSICO EM QUE CORRIAM OS ATENDIMENTOS AS CRIANÇAS, E DESCRIÇÃO DO AMBIENTE SUBJETIVO (AQUELE APREENDIDOS PELAS EMOÇÕES, SENTIMENTOS, GESTOS, FALAS). DESTACAMOS O RECORTE DE UMA CONVERSA EM QUE DUAS MÃES DESCREVEM A VIDA EDUCACIONAL DE SEUS FILHOS, REPETEM FALAS DE SUAS PROFESSORAS, EXPÕE SUAS ANGUSTIAS A PARTIR DESSAS FALAS. ESSAS DUAS MÃES TEM IDADES ENTRE 27 E 38 ANOS. VAMOS NOS REFERIR A ELAS COMO M1 E M2. M1 É MÃE DE DUAS CRIANÇAS GÊMEAS DE 3 ANOS DE IDADE DENTRO DO TEA, UMA DELAS COM COMORBIDADE EM TDAH, E M2 É MÃE ADOTIVA DE UMA CRIANÇA COM 6 ANOS TAMBÉM DENTRO DO TEA. SEUS FILHOS ESTUDAM NA MESMA ESCOLA COM A MESMA PROFESSORA E NA MESMA TURMA. NESTA OCASIÃO TRAREMOS APENAS UM PEQUENO TRECHO DA ANÁLISE. A PARTIR DESDE RECORTE PERCEBE-SE QUE A CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELAS MÃES, ESTÁ MUITO ATRELADA A CONCEPÇÃO QUE TEM A PROFESSORA DE SEUS FILHOS. A M1 DIZ AO SE REFERI A SEU FILHO “ELE NÃO SE DESENVOLVE PORQUE NÃO FALA, NÃO APRENDE NADA, VOU LHE MOSTRAR UM VÍDEO. POR ISSO QUE A PROFESSORA DIZ QUE ELE NÃO LINGUAGEM”, M2 NO MESMO DIALOGO CONTINUA “FICO PREOCUPADA, SE NÃO FALA, E SE NÃO FALAR NUNCA NÃO VAI APRENDER NADA? QUEM ELA VAI SER? O ENTENDIMENTO DE LINGUAGEM COMO MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO É NÍTIDO NAS FALAS DE M1 E M2, BEM COMO PROFESSORA QUANDO DESCRITA PELAS MÃES. ENTENDEMOS QUE ISTO NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO LINGUÍSTICO DISCUTIDA EM BENVENISTE. A LINGUAGEM SERIA A “FACULDADE DE SIMBOLIZAR INERENTE A CONDIÇÃO HUMANA” (FLORES, 2019, P.152), ELA NÃO DEVE SERVIR DE INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO AO HOMEM, VISTO QUE O INSTRUMENTO É ALGO QUE COLOCA O HOMEM E A NATUREZA EM SITUAÇÕES OPOSTAS. POIS ASSIM SENDO, NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO DA COMUNICAÇÃO DO HOMEM, E É ISTO, QUE O TORNA ÚNICO ENTRE OS ANIMAIS (BENVENISTE, 1991). OU SEJA, O HOMEM É HOMEM PORQUE TEM LINGUAGEM, E NELA E POR ELA SE CONSTITUI SUJEITO. A LINGUAGEM NÃO SURGIU NO ENCONTRO DO HOMEM COM OUTRO HOMEM, MAS ELA (A LINGUAGEM) FAZ E SEMPRE FEZ PARTE DA NATUREZA DO HOMEM. ASSIM O HOMEM OCUPA SEU LUGAR SOCIAL, E NISTO ESTÁ SUA SUBJETIVIDADE, CONSTITUINDO ASSIM O SUJEITO A PARTIR DAS RELAÇÕES SOCIAIS, IMERSO, ATRAVESSADA PELA CULTURA. A MINHA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ME CONDUZIU A TEORIA ENUNCIATIVA EM BENVENISTE EXATAMENTE POR ISSO. COMO PEDAGOGA POSSO DIZER QUE, CONSIDERAR A LINGUAGEM DENTRO ESTA PERSPECTIVA, É ULTRAPASSAR A VISÃO LIMITANTE E LIMITADA DELA COMO APENAS MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO. O CICLO NÃO SE FECHA COM OS RESULTADOS E CONSTATAÇÕES DESTE TRABALHO, OUTRAS QUESTÕES SURGIRAM, ENTRE ELAS: QUAIS AS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELOS PEDAGOGOS E PEDAGOGAS? SÃO SUSTENTADAS POR QUAIS TEÓRICOS? ESSAS CONCEPÇÕES APRENDIDAS INFLUENCIAM O FAZER PEDAGÓGICOS DESSES PROFISSIONAIS E SEU OLHAR AO SUJEITO AUTISTA? ESTAS INQUIETAÇÕES ME LEVARAM AO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM, A FIM DE DAR CONTINUIDADE A ESTA PESQUISA."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT 02: Aquisição e Transtornos de Linguagem"
    "palavra_chave" => "LINGUAGEM , AUTISMO , PEDAGOGIA , TEORIA ENUNCIATIVA"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "5fce3b93b0467_07122020112627.pdf"
    "created_at" => "2020-12-07 11:26:27"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "AURINETE MARIA DOS SANTOS SOUZA"
    "autor_nome_curto" => "AURINETE SOUZA"
    "autor_email" => "auri-pedagogia@hotmail.co"
    "autor_ies" => "FACULDADE DOS GUARARAPES (FG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-i-coneil"
    "edicao_nome" => "Anais do I CONEIL"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem"
    "edicao_ano" => 2020
    "edicao_pasta" => "anais/coneil/2020"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "5fb3e68ada71b_17112020120442.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2020-11-17 10:33:45"
    "publicacao_id" => 70
    "publicacao_nome" => "Revista CONEIL"
    "publicacao_codigo" => "978-65-86901-92-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 72091
    "edicao_id" => 144
    "trabalho_id" => 205
    "inscrito_id" => 668
    "titulo" => "LINGUAGEM, AUTISMO E PEDAGOGIA: UMA DISCUSSÃO A LUZ DA TEORIA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA"
    "resumo" => "ESTE TRABALHO É FRUTO DE UM ESTÁGIO EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEURO PEDAGOGIA COM CRIANÇAS DENTRO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA). MESMO ACONTECENDO EM AMBIENTE DE CLINICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DO RECIFE, NOS REMETE AO AMBIENTE ESCOLAR, ESPECIFICAMENTE A SALA DE AULA. POIS EM NOSSAS SALAS DE AULA OS PROFISSIONAIS DOS ANOS INICIAIS TÊM SE DEPARADO COM O GRANDE DESAFIO DE ALFABETIZAR. E QUANDO SE TRATA DE CRIANÇAS DENTRO DO (TEA) O ESFORÇO PRECISA SER INTENSIFICADO. QUANDO O ASSUNTO É LINGUAGEM, SE RECORRE AS QUESTÕES NEUROBIOLOGICAS, A METODOLOGIAS QUE PROMETEM SUCESSOS, MATERIAL DIDÁTICO E PEDAGÓGICO ESPECÍFICOS PARA TEA. MAS, SEM A COMPREENSÃO DA LINGUAGEM NAS MAIS DIVERSAS PERSPECTIVAS OU MESMO UM EQUIVOCADO ENTENDIMENTO SOBRE CONCEPÇÃO LINGUAGEM, TODOS ESSES RECURSOS SE TORNAM MEROS INSTRUMENTOS EM USO. A RELEVANCIA DESTE TRABALHO ESTÁ EM DISCUSSIR A LINGUAGEM NA PERSPECTIVIA LINGUISTICA DA ENUNCIAÇÃO EM BENVENISTE, AINDA DESCONHECIDA PELOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO QUE TRABALHAM NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA. COMO A ESCOLA É O LUGAR QUE OCUPA UM TEMPO SIGNIFICATIVO NA VIDA DESSAS CRIANÇAS DENTRO DO TEA ESTE TRABALHO SURGE COMO SUPORTE TEÓRICO PARA LIDAR COM ESSE DESAFIO, TAMBÉM COMO UMA POSSIBILIDADE DE DIRECIONAMENTO DE PROCEDIMENTOS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS. A RELEVÂNCIA DESTA PESQUISA TAMBÉM SE ENCONTRA EM SER FONTE DE PESQUISA, A ESSES PROFISSIONAIS NA SUPERAÇÃO DA IDEIA DE QUE AUTISTA NÃO TEM LINGUAGEM. TAMBÉM PODERÁ CONTRIBUIR COM A EFETIVA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, POSSIBILITANDO A PLENA PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA DENTRO DO TEA EM TODAS AS ATIVIDADES. USAMOS COMO APORTE TEÓRICO BENVENISTE (1991, 2006) SEUS CONCEITOS DE LINGUAGEM, SUBJETIVIDADE, DE ENUNCIAÇÃO E DE QUE O SUJEITO SE CONSTITUI PELA E NA LINGUAGEM. E POR ENTENDERMOS QUE O SUJEITO AUTISTA DE ESTAR NA LINGUAGEM DE MANEIRA MUITO PARTICULAR E PECULIAR E QUE ENCONTRAMOS A PONTE QUE LIGA A TEORIA ESTAR AO AUTISMO. TEMOS POR OBJETIVOS ANALISAR A LUZ DA TEORIA LINGUÍSTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA AS FALAS DE MÃES NO QUE SE REFERE A LINGUAGEM DE SEUS FILHOS. RELATAR E DISCUTIR A LUZ DA TEORIA LINGUISTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA ELEMENTOS QUE REMETAM A LINGUAGEM NO AUTISMO A PARTIR DO QUE AS MÃES DESCREVEM, E REFLETIR SOBRE A LINGUAGEM NO AUTISMO APRENDIDAS PELAS MÃES EM CONTRAPONTO COM A ÓTICA ESTAR. DE ABORDAGEM QUALITATIVA, PESQUISA É DE CARÁTER EXPLICATIVA, VISTO QUE PROCURAMOS REGISTRAR FATOS, ANALISAR, INTERPRETAR, IDENTIFICANDO SUAS CAUSAS EM BUSCA DAS GENERALIZAÇÕES, MAIS AMPLAS. ESTE TRABALHO TERÁ AS SEGUINTES ETAPAS: VAMOS DESCREVER O AMBIENTE FÍSICO EM QUE CORRIAM OS ATENDIMENTOS AS CRIANÇAS, E DESCRIÇÃO DO AMBIENTE SUBJETIVO (AQUELE APREENDIDOS PELAS EMOÇÕES, SENTIMENTOS, GESTOS, FALAS). DESTACAMOS O RECORTE DE UMA CONVERSA EM QUE DUAS MÃES DESCREVEM A VIDA EDUCACIONAL DE SEUS FILHOS, REPETEM FALAS DE SUAS PROFESSORAS, EXPÕE SUAS ANGUSTIAS A PARTIR DESSAS FALAS. ESSAS DUAS MÃES TEM IDADES ENTRE 27 E 38 ANOS. VAMOS NOS REFERIR A ELAS COMO M1 E M2. M1 É MÃE DE DUAS CRIANÇAS GÊMEAS DE 3 ANOS DE IDADE DENTRO DO TEA, UMA DELAS COM COMORBIDADE EM TDAH, E M2 É MÃE ADOTIVA DE UMA CRIANÇA COM 6 ANOS TAMBÉM DENTRO DO TEA. SEUS FILHOS ESTUDAM NA MESMA ESCOLA COM A MESMA PROFESSORA E NA MESMA TURMA. NESTA OCASIÃO TRAREMOS APENAS UM PEQUENO TRECHO DA ANÁLISE. A PARTIR DESDE RECORTE PERCEBE-SE QUE A CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELAS MÃES, ESTÁ MUITO ATRELADA A CONCEPÇÃO QUE TEM A PROFESSORA DE SEUS FILHOS. A M1 DIZ AO SE REFERI A SEU FILHO “ELE NÃO SE DESENVOLVE PORQUE NÃO FALA, NÃO APRENDE NADA, VOU LHE MOSTRAR UM VÍDEO. POR ISSO QUE A PROFESSORA DIZ QUE ELE NÃO LINGUAGEM”, M2 NO MESMO DIALOGO CONTINUA “FICO PREOCUPADA, SE NÃO FALA, E SE NÃO FALAR NUNCA NÃO VAI APRENDER NADA? QUEM ELA VAI SER? O ENTENDIMENTO DE LINGUAGEM COMO MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO É NÍTIDO NAS FALAS DE M1 E M2, BEM COMO PROFESSORA QUANDO DESCRITA PELAS MÃES. ENTENDEMOS QUE ISTO NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO LINGUÍSTICO DISCUTIDA EM BENVENISTE. A LINGUAGEM SERIA A “FACULDADE DE SIMBOLIZAR INERENTE A CONDIÇÃO HUMANA” (FLORES, 2019, P.152), ELA NÃO DEVE SERVIR DE INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO AO HOMEM, VISTO QUE O INSTRUMENTO É ALGO QUE COLOCA O HOMEM E A NATUREZA EM SITUAÇÕES OPOSTAS. POIS ASSIM SENDO, NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO DA COMUNICAÇÃO DO HOMEM, E É ISTO, QUE O TORNA ÚNICO ENTRE OS ANIMAIS (BENVENISTE, 1991). OU SEJA, O HOMEM É HOMEM PORQUE TEM LINGUAGEM, E NELA E POR ELA SE CONSTITUI SUJEITO. A LINGUAGEM NÃO SURGIU NO ENCONTRO DO HOMEM COM OUTRO HOMEM, MAS ELA (A LINGUAGEM) FAZ E SEMPRE FEZ PARTE DA NATUREZA DO HOMEM. ASSIM O HOMEM OCUPA SEU LUGAR SOCIAL, E NISTO ESTÁ SUA SUBJETIVIDADE, CONSTITUINDO ASSIM O SUJEITO A PARTIR DAS RELAÇÕES SOCIAIS, IMERSO, ATRAVESSADA PELA CULTURA. A MINHA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ME CONDUZIU A TEORIA ENUNCIATIVA EM BENVENISTE EXATAMENTE POR ISSO. COMO PEDAGOGA POSSO DIZER QUE, CONSIDERAR A LINGUAGEM DENTRO ESTA PERSPECTIVA, É ULTRAPASSAR A VISÃO LIMITANTE E LIMITADA DELA COMO APENAS MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO. O CICLO NÃO SE FECHA COM OS RESULTADOS E CONSTATAÇÕES DESTE TRABALHO, OUTRAS QUESTÕES SURGIRAM, ENTRE ELAS: QUAIS AS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELOS PEDAGOGOS E PEDAGOGAS? SÃO SUSTENTADAS POR QUAIS TEÓRICOS? ESSAS CONCEPÇÕES APRENDIDAS INFLUENCIAM O FAZER PEDAGÓGICOS DESSES PROFISSIONAIS E SEU OLHAR AO SUJEITO AUTISTA? ESTAS INQUIETAÇÕES ME LEVARAM AO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM, A FIM DE DAR CONTINUIDADE A ESTA PESQUISA."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "AT 02: Aquisição e Transtornos de Linguagem"
    "palavra_chave" => "LINGUAGEM , AUTISMO , PEDAGOGIA , TEORIA ENUNCIATIVA"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "5fce3b93b0467_07122020112627.pdf"
    "created_at" => "2020-12-07 11:26:27"
    "updated_at" => null
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "AURINETE MARIA DOS SANTOS SOUZA"
    "autor_nome_curto" => "AURINETE SOUZA"
    "autor_email" => "auri-pedagogia@hotmail.co"
    "autor_ies" => "FACULDADE DOS GUARARAPES (FG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-do-i-coneil"
    "edicao_nome" => "Anais do I CONEIL"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional em Estudos Interdisciplinares da Linguagem"
    "edicao_ano" => 2020
    "edicao_pasta" => "anais/coneil/2020"
    "edicao_logo" => null
    "edicao_capa" => "5fb3e68ada71b_17112020120442.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2020-11-17 10:33:45"
    "publicacao_id" => 70
    "publicacao_nome" => "Revista CONEIL"
    "publicacao_codigo" => "978-65-86901-92-4"
    "tipo_codigo_id" => 2
    "tipo_codigo_nome" => "ISBN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 17 de novembro de 2020

Resumo

ESTE TRABALHO É FRUTO DE UM ESTÁGIO EM UM CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEURO PEDAGOGIA COM CRIANÇAS DENTRO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA). MESMO ACONTECENDO EM AMBIENTE DE CLINICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DO RECIFE, NOS REMETE AO AMBIENTE ESCOLAR, ESPECIFICAMENTE A SALA DE AULA. POIS EM NOSSAS SALAS DE AULA OS PROFISSIONAIS DOS ANOS INICIAIS TÊM SE DEPARADO COM O GRANDE DESAFIO DE ALFABETIZAR. E QUANDO SE TRATA DE CRIANÇAS DENTRO DO (TEA) O ESFORÇO PRECISA SER INTENSIFICADO. QUANDO O ASSUNTO É LINGUAGEM, SE RECORRE AS QUESTÕES NEUROBIOLOGICAS, A METODOLOGIAS QUE PROMETEM SUCESSOS, MATERIAL DIDÁTICO E PEDAGÓGICO ESPECÍFICOS PARA TEA. MAS, SEM A COMPREENSÃO DA LINGUAGEM NAS MAIS DIVERSAS PERSPECTIVAS OU MESMO UM EQUIVOCADO ENTENDIMENTO SOBRE CONCEPÇÃO LINGUAGEM, TODOS ESSES RECURSOS SE TORNAM MEROS INSTRUMENTOS EM USO. A RELEVANCIA DESTE TRABALHO ESTÁ EM DISCUSSIR A LINGUAGEM NA PERSPECTIVIA LINGUISTICA DA ENUNCIAÇÃO EM BENVENISTE, AINDA DESCONHECIDA PELOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO QUE TRABALHAM NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA. COMO A ESCOLA É O LUGAR QUE OCUPA UM TEMPO SIGNIFICATIVO NA VIDA DESSAS CRIANÇAS DENTRO DO TEA ESTE TRABALHO SURGE COMO SUPORTE TEÓRICO PARA LIDAR COM ESSE DESAFIO, TAMBÉM COMO UMA POSSIBILIDADE DE DIRECIONAMENTO DE PROCEDIMENTOS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS. A RELEVÂNCIA DESTA PESQUISA TAMBÉM SE ENCONTRA EM SER FONTE DE PESQUISA, A ESSES PROFISSIONAIS NA SUPERAÇÃO DA IDEIA DE QUE AUTISTA NÃO TEM LINGUAGEM. TAMBÉM PODERÁ CONTRIBUIR COM A EFETIVA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, POSSIBILITANDO A PLENA PARTICIPAÇÃO DA CRIANÇA DENTRO DO TEA EM TODAS AS ATIVIDADES. USAMOS COMO APORTE TEÓRICO BENVENISTE (1991, 2006) SEUS CONCEITOS DE LINGUAGEM, SUBJETIVIDADE, DE ENUNCIAÇÃO E DE QUE O SUJEITO SE CONSTITUI PELA E NA LINGUAGEM. E POR ENTENDERMOS QUE O SUJEITO AUTISTA DE ESTAR NA LINGUAGEM DE MANEIRA MUITO PARTICULAR E PECULIAR E QUE ENCONTRAMOS A PONTE QUE LIGA A TEORIA ESTAR AO AUTISMO. TEMOS POR OBJETIVOS ANALISAR A LUZ DA TEORIA LINGUÍSTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA AS FALAS DE MÃES NO QUE SE REFERE A LINGUAGEM DE SEUS FILHOS. RELATAR E DISCUTIR A LUZ DA TEORIA LINGUISTICA ENUNCIATIVA BENVENISTIANA ELEMENTOS QUE REMETAM A LINGUAGEM NO AUTISMO A PARTIR DO QUE AS MÃES DESCREVEM, E REFLETIR SOBRE A LINGUAGEM NO AUTISMO APRENDIDAS PELAS MÃES EM CONTRAPONTO COM A ÓTICA ESTAR. DE ABORDAGEM QUALITATIVA, PESQUISA É DE CARÁTER EXPLICATIVA, VISTO QUE PROCURAMOS REGISTRAR FATOS, ANALISAR, INTERPRETAR, IDENTIFICANDO SUAS CAUSAS EM BUSCA DAS GENERALIZAÇÕES, MAIS AMPLAS. ESTE TRABALHO TERÁ AS SEGUINTES ETAPAS: VAMOS DESCREVER O AMBIENTE FÍSICO EM QUE CORRIAM OS ATENDIMENTOS AS CRIANÇAS, E DESCRIÇÃO DO AMBIENTE SUBJETIVO (AQUELE APREENDIDOS PELAS EMOÇÕES, SENTIMENTOS, GESTOS, FALAS). DESTACAMOS O RECORTE DE UMA CONVERSA EM QUE DUAS MÃES DESCREVEM A VIDA EDUCACIONAL DE SEUS FILHOS, REPETEM FALAS DE SUAS PROFESSORAS, EXPÕE SUAS ANGUSTIAS A PARTIR DESSAS FALAS. ESSAS DUAS MÃES TEM IDADES ENTRE 27 E 38 ANOS. VAMOS NOS REFERIR A ELAS COMO M1 E M2. M1 É MÃE DE DUAS CRIANÇAS GÊMEAS DE 3 ANOS DE IDADE DENTRO DO TEA, UMA DELAS COM COMORBIDADE EM TDAH, E M2 É MÃE ADOTIVA DE UMA CRIANÇA COM 6 ANOS TAMBÉM DENTRO DO TEA. SEUS FILHOS ESTUDAM NA MESMA ESCOLA COM A MESMA PROFESSORA E NA MESMA TURMA. NESTA OCASIÃO TRAREMOS APENAS UM PEQUENO TRECHO DA ANÁLISE. A PARTIR DESDE RECORTE PERCEBE-SE QUE A CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELAS MÃES, ESTÁ MUITO ATRELADA A CONCEPÇÃO QUE TEM A PROFESSORA DE SEUS FILHOS. A M1 DIZ AO SE REFERI A SEU FILHO “ELE NÃO SE DESENVOLVE PORQUE NÃO FALA, NÃO APRENDE NADA, VOU LHE MOSTRAR UM VÍDEO. POR ISSO QUE A PROFESSORA DIZ QUE ELE NÃO LINGUAGEM”, M2 NO MESMO DIALOGO CONTINUA “FICO PREOCUPADA, SE NÃO FALA, E SE NÃO FALAR NUNCA NÃO VAI APRENDER NADA? QUEM ELA VAI SER? O ENTENDIMENTO DE LINGUAGEM COMO MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO É NÍTIDO NAS FALAS DE M1 E M2, BEM COMO PROFESSORA QUANDO DESCRITA PELAS MÃES. ENTENDEMOS QUE ISTO NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO LINGUÍSTICO DISCUTIDA EM BENVENISTE. A LINGUAGEM SERIA A “FACULDADE DE SIMBOLIZAR INERENTE A CONDIÇÃO HUMANA” (FLORES, 2019, P.152), ELA NÃO DEVE SERVIR DE INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO AO HOMEM, VISTO QUE O INSTRUMENTO É ALGO QUE COLOCA O HOMEM E A NATUREZA EM SITUAÇÕES OPOSTAS. POIS ASSIM SENDO, NEGA A CONDIÇÃO DE SUJEITO DA COMUNICAÇÃO DO HOMEM, E É ISTO, QUE O TORNA ÚNICO ENTRE OS ANIMAIS (BENVENISTE, 1991). OU SEJA, O HOMEM É HOMEM PORQUE TEM LINGUAGEM, E NELA E POR ELA SE CONSTITUI SUJEITO. A LINGUAGEM NÃO SURGIU NO ENCONTRO DO HOMEM COM OUTRO HOMEM, MAS ELA (A LINGUAGEM) FAZ E SEMPRE FEZ PARTE DA NATUREZA DO HOMEM. ASSIM O HOMEM OCUPA SEU LUGAR SOCIAL, E NISTO ESTÁ SUA SUBJETIVIDADE, CONSTITUINDO ASSIM O SUJEITO A PARTIR DAS RELAÇÕES SOCIAIS, IMERSO, ATRAVESSADA PELA CULTURA. A MINHA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ME CONDUZIU A TEORIA ENUNCIATIVA EM BENVENISTE EXATAMENTE POR ISSO. COMO PEDAGOGA POSSO DIZER QUE, CONSIDERAR A LINGUAGEM DENTRO ESTA PERSPECTIVA, É ULTRAPASSAR A VISÃO LIMITANTE E LIMITADA DELA COMO APENAS MERO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO. O CICLO NÃO SE FECHA COM OS RESULTADOS E CONSTATAÇÕES DESTE TRABALHO, OUTRAS QUESTÕES SURGIRAM, ENTRE ELAS: QUAIS AS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM APRENDIDAS PELOS PEDAGOGOS E PEDAGOGAS? SÃO SUSTENTADAS POR QUAIS TEÓRICOS? ESSAS CONCEPÇÕES APRENDIDAS INFLUENCIAM O FAZER PEDAGÓGICOS DESSES PROFISSIONAIS E SEU OLHAR AO SUJEITO AUTISTA? ESTAS INQUIETAÇÕES ME LEVARAM AO MESTRADO EM CIÊNCIAS DA LINGUAGEM, A FIM DE DAR CONTINUIDADE A ESTA PESQUISA.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.