ESTE ARTIGO OBJETIVA ELUCIDAR QUAIS MECANISMOS COGNITIVOS, VIA GRAMATICALIZAÇÃO, IMPULSIONARAM O VERBO PAGAR A ADQUIRIR NOVAS ACEPÇÕES SEMÂNTICAS DENTRO DO CONTEXTO PENITENCIÁRIO DO ESTADO DE SÃO PAULO. ACREDITA-SE QUE, A PARTIR DA FREQUÊNCIA DE USO, OCORRE A REPETIÇÃO DESSE PREDICADO, POSSIBILITANDO PAGAR A ADQUIRIR CARACTERÍSTICAS SEMÂNTICAS QUE O DISTANCIE DE SEU SIGNIFICADO VERBAL PROTOTÍPICO, ETIMOLOGICAMENTE RELACIONADO A VALORES MONETÁRIOS, PASSANDO A REFERENCIAR TRAÇOS COMO ENTREGAR, ALOJAR, CUMPRIR, FORNECER, TROCAR E CONCEDER ALGO A/POR ALGUÉM. COM BASE NO QUADRO COGNITIVO-FUNCIONALISTA NO QUAL OS MODELOS BASEADOS NO USO (MBU) ESTÁ ALICERÇADO (BARLOW, KEMMER, 2000) E PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DE TRAUGOTT (2011A) E BYBEE (2003, 2010, 2011), VERIFICAR-SE-Á COMO OS PROCESSOS METAFÓRICOS, VIA ANALOGIZAÇÃO, ATUAM NA ABSTRATIZAÇÃO SEMÂNTICA DO PREDICADO E SE CONSOLIDAM NESTA COMUNIDADE DE FALA DADO SEU USO NO CONTEXTO PENITENCIÁRIO. PARA TANTO, FORAM COLETADOS DADOS DE ANÁLISE ORIUNDOS DO AMBIENTE CARCERÁRIO PAULISTA E SELECIONADOS A PARTIR DE SITUAÇÕES REAIS DE INTERAÇÃO VERBAL.