ESTE ARTIGO APRESENTA UMA LEITURA DO ROMANCE MACAU (1934), DO ESCRITOR AURÉLIO PINHEIRO (1882-1938), TENDO COMO CATEGORIA ANALÍTICA O ESPAÇO E SUAS IMPLICAÇÕES SUBJETIVAS E SOCIAIS. TAL ESTUDO CONTRIBUI PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO SOBRE OS ASPECTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS, POLÍTICOS E CULTURAIS DA CIDADE MIMETIZADA NA OBRA. COMO APORTE TEÓRICO RECORREMOS: A) ESPAÇO E LITERATURA (2007), DE OZÍRIS BORGES FILHO, EM QUE APONTA ESTRATÉGIAS PARA ESTUDOS CRÍTICOS DO ESPAÇO EM OBRAS LITERÁRIAS; B) “ESPAÇO FÍSICO, ESPAÇO SOCIAL E ESPAÇO APROPRIADO”, DO SOCIÓLOGO PEIRRE BOURDIEU (2013), NA CONCEPÇÃO, SEGUNDO A QUAL OS SERES HUMANOS SÃO AGENTES SOCIAIS E COMO TAIS, UMA DAS MANEIRAS DE SE CONSTITUÍREM É NA SUA RELAÇÃO COM O ESPAÇO; C) O CAMPO E A CIDADE (1989), DE RAYMOND WILLIAMS QUE APRESENTA UM OLHAR HISTÓRICO DOS CONTRASTES E TENSÕES ENTRE A EXPERIÊNCIA URBANA E A EXPERIÊNCIA CAMPESTRE. FORAM OBSERVADOS, NO ROMANCE MACAU, ALGUNS ELEMENTOS ESPACIAIS QUE COMPÕEM A ROTINA DA CIDADE, SEJA A PARTIR DO NARRADOR OU DE SUAS PERSONAGENS. ESSES ELEMENTOS ORA REVELAM UMA CIDADE PACATA, ORA REVELAM UMA CIDADE DINÂMICA, UMA VEZ QUE DIFERENTES ESPAÇOS, TANTOS FÍSICOS COMO SOCIAIS, PRODUZEM DIFERENTES REPRESENTAÇÕES NA OBRA. AINDA, NOS FOI POSSÍVEL OBSERVAR UM OLHAR CRÍTICO DO ESCRITOR SOBRE OS ESPAÇOS DE CIVILIZAÇÃO DA CIDADE AO EXPOR UMA TENSÃO ENTRE O ESPAÇO URBANO E O ESPAÇO RURAL.