ENTENDENDO O AUDIOVISUAL ENQUANTO PRODUÇÃO LOGOPÁTICA, OU SEJA, AQUELA CAPAZ DE, POR MEIO DOS AFETOS/SENSAÇÕES (PATHOS) PRODUZIR CONHECIMENTO (LOGOS), PRETENDEMOS DISCUTIR A IMAGEM COMO “ELEMENTO ESSENCIAL DE ACESSO AO MUNDO” (CABRERA, 2006, P. 16). NÃO SE TRATA SIMPLESMENTE DE SE EMOCIONAR COM O PRODUTO AUDIOVISUAL, MAS DE ENCONTRAR NELE UM POTENCIAL COGNITIVO CAPAZ DE AUXILIAR A PERCEPÇÃO SUBJETIVA E A APREENSÃO DO CONHECIMENTO NOS INDIVÍDUOS. PODEMOS CONHECER ALGO SOBRE O MUNDO E SOBRE NÓS MESMOS A PARTIR DA TELA DO CINEMA, AFINAL “APENAS OS HOMENS MUITO INGÊNUOS PODEM ACREDITAR QUE A NATUREZA HUMANA POSSA SER TRANSFORMADA EM UMA NATUREZA PURAMENTE LÓGICA” (NIETZSCHE, 2004, P. 38). ASSIM, NA COMPREENSÃO DE QUE NÃO HÁ POR QUE EXCLUIR AS ARTES, A LITERATURA E O CINEMA EM SEUS INTUITOS DE ESCLARECIMENTO CONCEITUAL, DE ACORDO COM AS SUAS DIFERENTES POSSIBILIDADES EXPRESSIVAS, É QUE PRETENDEMOS DISCUTIR COMO AS NARRATIVAS DE FICÇÃO SERIADA PODEM PRODUZIR CONHECIMENTO A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA LÓGICA E AFETIVA SIMULTANEAMENTE. PARA ISSO, TOMAREMOS COMO EXEMPLO A PRIMEIRA TEMPORADA DA SÉRIE DARK (2017), PRESENTE NO SERVIÇO DE STREAMING DA NETFLIX.