O ARTIGO EXPLORA AS FONTES DA HISTORICIDADE GRECORROMANA PARA EVIDENCIAR AS RELAÇÕES ENTRE PARRÉSIA, AMIZADE E ADULAÇÃO, ENCETANDO-AS NO DOMÍNIO EDUCATIVO. DUAS OBRAS SÃO ANALISADAS E COMPARADAS: COMO DISTINGUIR UM ADULADOR DE UM AMIGO, DE PLUTARCO, E O DIAGNÓSTICO E A CURA DAS PAIXÕES DA ALMA, DE GALENO. A PARRÉSIA EM PLUTARCO NÃO É ELEMENTO FUNDANTE DA AMIZADE, MAS É A MAIOR DEMONSTRAÇÃO DESTA, FALSEADA, TODAVIA, PELO ADULADOR. EM GALENO, A PARRÉSIA INAUGURA A AMIZADE, A PRESSUPOR UM DISTANCIAMENTO NECESSÁRIO PARA A PRÁTICA DA LIBERDADE DE FALA, QUE GANHA UM CARÁTER DE FOCALIDADE E DE INTERVENÇÃO TEMPORAL MAIS DELIMITADA. NOS SUTIS ENTRELACES DO USO PRUDENCIAL DA PARRÉSIA COM A RUDEZ ANTITÉTICA AO CUIDADO DE SI E DO OUTRO, BUSCA-SE DEMARCAR AS DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS ENTRE ESSAS DUAS ESFERAS DE AÇÃO. POR FIM, SE INTENTA IMANTAR AS ESFERAS DA AFETIVIDADE AMICAL PARA A EDUCAÇÃO, COM DESTAQUE PARA A FRANQUEZA BENEVOLENTE E CORAJOSA, AVERSIVA À ADULAÇÃO E AO DESCUIDADO OMISSIVO OU ABUSIVO.