A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA PASSOU A ASSEGURAR AOS POVOS INDÍGENAS O ACESSO A CONHECIMENTOS GERAIS SEM PRECISAR NEGAR AS ESPECIFICIDADES CULTURAIS E IDENTIDADES ÉTNICAS DESSES POVOS, A PARTIR DE MECANISMOS LEGAIS QUE FUNDAMENTAM E NORTEIAM ESSA MODALIDADE DE ENSINO. ASSIM, OS POVOS INDÍGENAS ASSUMEM O PROTAGONISMO NA CONSTRUÇÃO DOS CURRÍCULOS DE SUAS ESCOLAS. NESSA PERSPECTIVA, ESTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR SOBRE AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS ENTRE O CURRÍCULO, REPRESENTADO PELO PLANO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) E O PLANO DE ENSINO DE CIÊNCIAS (PEC), DA ESCOLA INDÍGENA TINGUI-BOTÓ COM O REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA AS ESCOLAS INDÍGENAS (RCNEI). COMPÕEM A FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DESTE ESTUDO AS CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO E CULTURA DE ARROYO (2013) E MOREIRA E CANDAU (2013; 2017). A NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO CONFIGUROU-SE COMO QUALITATIVA. OS RESULTADOS DO ESTUDO EVIDENCIARAM NO PPP DA ESCOLA CONCEPÇÕES DE UM IDEÁRIO DE UMA ESCOLA DIFERENCIADA, PAUTADA NO RESPEITO ÀS DIVERSIDADES ÉTNICAS, APESAR DE NÃO ARTICULAR UMA PROPOSTA DE AÇÕES POLÍTICAS E PEDAGÓGICAS PARA A EFETIVAÇÃO DESSA ESCOLA. ENTRETANTO, NO PEC CONSTATAMOS DIRETRIZES PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM CONSONÂNCIA COM O RESPEITO ÀS ESPECIFICIDADES E DIVERSIDADES ÉTNICAS PRECONIZADOS PELO RCNEI. TANTO NO PPP DA ESCOLA QUANTO NO PEC NÃO FORAM EVIDENCIADAS REFERÊNCIAS AO RCNEI.