COM O AVANÇO DA PANDEMIA NO BRASIL, UM VERDADEIRO CAOS ESTRUTURAL SE INSTALA NAS INSTITUIÇÕES. SEM DIRETRIZES FORMAIS OU CONCEITUAIS, OS INTERESSES DO CAPITAL ECONÔMICO, BASEADO NO LIBERALISMO, INVOCAM UMA DESPERSONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PRENUNCIANDO DESMONTES E PRECARIZAÇÕES QUE SUBALTERNIZAM E AUMENTAM AS DESIGUALDADES SOCIAIS. O DISCURSO DE ENSINO REMOTO GANHA FORÇA A MEDIDA QUE AS ESCOLAS SÃO FORÇADAS A SE MANTER FECHADAS, E A EVASÃO ESCOLAR, PRINCIPALMENTE NAS SÉRIES INICIAIS AUMENTA GRADATIVAMENTE. POR TRÁS DISTO, EMPRESAS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA OFERECEM, CADA DIA MAIS, INSTRUMENTOS QUE TRANSFORMAM A EDUCAÇÃO NUM PRODUTO A SER CONSUMIDO ASSIM O CAPITAL CULTURAL VINCULA-SE AO CAPITAL ECONÔMICO. O QUE DEVERIA ACOMPANHAR O BOOM TECNOLÓGICO, COM GARANTIA DE ACESSO E FORMAÇÃO A TODOS, SE TORNA RESTRITO E CLASSISTA. A PARTIR DE BOURDIEU, PROCURA-SE COMPREENDER OS ENTRAVES E OBSTÁCULOS POR TRÁS DA EDUCAÇÃO REMOTA, E COMO ELA INVIABILIZA, NESTE MOMENTO A INCLUSÃO SOCIAL, A PARTIR DA OBSERVAÇÃO SISTÊMICA. ASSIM, FOI ESCLARECIDO QUE O ENSINO REMOTO É AMPLAMENTE EXCLUDENTE, NECESSITANDO UM DEBATE MAIS PROFUNDO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE TIC NA EDUCAÇÃO, SENDO DIFICILMENTE ACESSADO E COMPROMETENDO O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. ALÉM DISSO, SE DESVINCULA DA EDUCAÇÃO PARA HUMANIZAÇÃO, TORNANDO-SE A TRANSFORMAÇÃO FATÍDICA DE CAPITAL SOCIAL EM CAPITAL ECONÔMICO POR INTERESSES DE GRUPOS.