A PARTIR DE UM CONTEXTO INTRAPANDÊMICO, ONDE A CIÊNCIA É ALVO DE NARRATIVAS EM DISPUTA, INCLUSIVE PARA NEGÁ-LA, ENTENDEMOS A IMPORTÂNCIA DE COLOCAR EM QUESTÃO A DINÂMICA HEGEMÔNICA DE FAZER E PENSAR CIÊNCIA. NESTE ARTIGO, BUSCAMOS MAPEAR E TRAZER À TONA DIFERENTES PERSPECTIVAS TEÓRICO-EPISTEMOLÓGICAS QUE, DE ALGUMA MANEIRA, APRESENTEM INSUBORDINAÇÕES AO PARADIGMA CIENTÍFICO HEGEMÔNICO, NÃO PARA NEGÁ-LA, MAS PARA CONTRIBUIR EM DIREÇÕES RENOVADORAS. PARA TANTO, USAMOS A METODOLOGIA DE ESTADO DA ARTE, REVISITANDO OS ANAIS DO ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NOS ANOS DE 2011 A 2019. A PARTIR DESSE LEVANTAMENTO, FORAM SELECIONADOS DEZ TRABALHOS PARA UMA ANÁLISE QUALITATIVAS, COM A CATEGORIZAÇÃO DE CONCEITOS ATRIBUÍDOS NESSES TRABALHOS TANTO AO PARADIGMA CIENTÍFICO HEGEMÔNICO QUANTO NAS PERSPECTIVAS CONTRA-HEGEMÔNICAS IDENTIFICADAS. PARA AQUELE PARADIGMA, IDENTIFICOU-SE, PRINCIPALMENTE, AS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES: FECHADA, COLONIAL, EUROCÊNTRICA, POSITIVISTA E OBJETIVISTA; PARA OS PARADIGMAS CONTRA-HEGEMÔNICOS, DESTACARAM-SE AS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES: ABERTOS, COMPLEXOS, EM CONSTRUÇÃO E INCLUSIVOS (DE SABERES LOCAIS E DE SUBJETIVIDADES). ADEMAIS, IDENTIFICOU-SE UM NOTÁVEL CRESCIMENTO DO APOIO NESSES PARADIGMAS NOS ÚLTIMOS ANOS E QUE ESSE MOVIMENTO DE TRANSFORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA ATRIBUIR SENTIDOS E SIGNIFICADOS (OUTROS) À CIÊNCIA E UMA MAIOR LIGAÇÃO DESTA COM A VIDA.