O PRESENTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR SOBRE O ROMANCE GEORGETTE, PUBLICADO EM 1956, DE AUTORIA DA ESCRITORA PAULISTA CASSANDRA RIOS. AUTORA QUE É CONSIDERADA PIONEIRA NA ESCRITA DE NARRATIVAS QUE VISIBILIZAM OUTRAS PERFORMATIVIDADES DE GÊNERO E DAS SEXUALIDADES DISSIDENTES, PRODUZINDO UMA LITERATURA EM LINGUAGEM ACESSÍVEL E QUE ALCANÇOU RECORDES DE VENDAGEM, CASSANDRA RIOS BUSCAVA TECER UMA ESCRITA QUE SE ANCORAVA EM UM PROJETO DE POPULARIZAÇÃO E DISPUTA DE NARRATIVAS. TENDO COMO PROTAGONISTA UMA PERSONAGEM TRAVESTI, O ROMANCE SOBRE O QUAL ME DEBRUÇO, INVESTE NA CONSTRUÇÃO E NA DISPUTA DE SABERES E SENTIDOS OUTROS EM TORNO DO CORPO, GÊNERO, DESEJO E DA SEXUALIDADE. DESSE MODO, DISCUTO COMO A NARRATIVA REELABORA ALGUMAS DESSAS NOÇÕES, PARTINDO DO DIÁLOGO, PRINCIPALMENTE, COM OS ESTUDOS QUEER E AS CONCEPÇÕES DE JUDITH BUTLER SOBRE GÊNERO E PERFORMATIVIDADE, ASSIM DEFENDO A PERSPECTIVA DE QUE CASSANDRA RIOS INSCREVE SUA PRODUÇÃO A PARTIR DE UM PROJETO LITERÁRIO PAUTADO NA VISIBILIZAÇÃO E NA NATURALIZAÇÃO DE CORPOS E SUJEIT@S CONSIDERADOS ABJETOS.