A CONSTRUÇÃO DO GÊNERO ENQUANTO CATEGORIA ANALÍTICA POSSIBILITOU UMA OFERENDA TEÓRICO-METODOLÓGICA IMPORTANTE PARA PENSAR O PROCESSO DE TOMADA DE CONSCIÊNCIA FRENTE ÀS IDEOLOGIAS DO CISHETEROPATRIARCADO CAPITALISTA. POR OUTRO LADO, A NOÇÃO INTERPELADA E DISSEMINADA PARA PENSAR O FEMINISMO DURANTE MUITO TEMPO, A PARTIR DA VIDA DAS MULHERES EUROPEIAS, NÃO NOS POSSIBILITOU OLHAR PARA AS OUTRAS EXPERIÊNCIAS E SABERES SITUADOS QUE ERAM PRODUZIDOS PRINCIPALMENTE PELAS MULHERES AFRICANAS, AMEFRICANAS E AMERÍNDIAS. NESSA ENCRUZILHADA EPISTÊMICA, AS NARRATIVAS DE PESSOAS PRATICANTES DO CANDOMBLÉ SOBRE AS TEMÁTICAS DE GÊNERO, SEXUALIDADE E PODER NOS ABASTECE DE UM CONJUNTO IMENSURÁVEL DE EXPERIÊNCIAS DE DIVERSOS CORPOS QUE TRANS(E)TAM NESSES ESPAÇOS E FISSURAM O CARÁTER UNIVERSALISTA DO CONCEITO DE GÊNERO PARA PENSAR AS RELAÇÕES SOCIAIS. O PRESENTE TRABALHO PRETENDE FAZER UMA BREVE REFLEXÃO DESSA CATEGORIA NO CANDOMBLÉ A PARTIR DAS CONTRIBUIÇÕES DE OYÈRONKÉ OYEWÙMÍ, TRAZENDO PARA DEBATE O GÊNERO E OS CONTRAPONTOS BASEADOS NAS DINÂMICAS DA MATRILINEARIDADE E DO TRANSE DE ORIXÁS.