Baseado nos estudos em Teoria Queer de Judith Butler e Guacira Lopes, o presente trabalho tem como objetivo analisar a performance da cantora Conchita Wurst, vencedora da edição 2014 do Festival Eurovision, competição que reúne músicos de diversos países europeus. Além de usar fundamentos semióticos e dos cultural studies, é utilizada nesta pesquisa a ideia de indivíduo viajante para entender a representação da cantora, que chamou atenção pelo seu visual que mescla, num mesmo corpo, aquilo entendido no senso comum como visual feminino e masculino. Esta indefinição de identidade visual insere Conchita Wurst num universo instável, líquido, nômade, sem fixação: queer. Assim, o artigo pretende analisar não somente a música (Rise Like a Fenix) interpretada pela cantora, como também os elementos visíveis e imagéticos da apresentação, partindo do pressuposto que as representação (físicas e mentais) ultrapassam a simples oralidade.