Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES OFÍDICOS NO SEMIÁRIDO: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO CENÁRIO AMBIENTAL

Palavra-chaves: EPIDEMIOLOGIA, SERPENTES, MUDANÇAS CLIMÁTICAS, RISCO Pôster (PO) AT 12 - Saúde: ciência e saberes no semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

O Brasil abriga grande riqueza de espécies de serpentes, 3.700 descritas, cerca de 17% destas consideradas peçonhentas. Proporção considerável dos acidentes ofídicos reportados no País tem ocorrido no Nordeste brasileiro, região que contempla a maior extensão do semiárido brasileiro, com características ambientais propícias à ocorrência de serpentes, dentre elas as de importância médica. O envenenamento decorrente dos acidentes ofídicos pode afetar diretamente a vida social e econômica de uma população, e a realização de pesquisas que abordem este problema de saúde pública é essencial para assegurar melhorias, em especial no Sistema de Saúde. Nessa perspectiva, este estudo teve como objetivos, analisar a epidemiologia dos acidentes ofídicos ocorridos no Estado do Rio Grande do Norte; avaliar a influência de variáveis ambientais sobre a ocorrência dos acidentes ofídicos; delimitar as áreas de risco a incidência ofídica no estado. Para tanto, realizou-se análise retrospectiva dos acidentes ofídicos notificados no Sistema de informação de agravos de notificação no período 2007-2016. Foram consideradas variáveis sócio demográficas, faixa etária, gênero, ocupação, identificação da serpente, tipo de acidente, local de ocorrência, região do corpo lesionada e as manifestações clínicas das vítimas. Para a construção dos mapas de identificação das áreas de risco a acidentes ofídicos foram utilizadas, além das caraterísticas climáticas, tais como, precipitação pluviométrica e temperatura do cenário ambiental no período estudado, a incidência de acidentes com serpentes de importância médica (Bothrops - jararaca; Crotalus - cascavel; Lachesis – surucucu; Micrurus - coral verdadeira). Um total de 3.909 acidentes ofídicos foram reportados nesse período, dos quais 58% envolveram espécies peçonhentas, dentre as quais as do gênero Bothrops foi preponderante com mais de 80% dos casos registrados. As espécies de Bothrops habitam áreas naturais florestadas ou não, normalmente frequentes em áreas abertas e de cultivo, o que justifica serem responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos ocorridos especialmente em zonas rurais. Foram definidas as regiões vulneráveis, considerando os riscos aos acidentes ofídicos, sendo a região da Borborema potiguar a mais afetada. Considerando as condições climáticas da área estudada, constatou-se associação entre caraterísticas ambientais e incidência de casos reportados. Alterações climáticas, como o aumento na temperatura, podem gerar perturbações na fisiologia e ecologia das serpentes, interferindo na abundância e distribuição desses animais, e barreiras antropogênicas podem comprometer o deslocamento adaptativo das serpentes, aumentando o risco de acidentes ofídicos. Este estudo, portanto, possibilitou identificar o cenário dos acidentes ofídicos no estado do Rio Grande do Norte, destacando o Ofidismo como um problema de Saúde Pública emergente no Nordeste brasileiro, em especial em região semiárida. Possibilitou ainda, constatar que mudanças nas características climáticas aliadas às atividades antrópicas, influenciam no aumento da incidência de acidentes ofídicos, e que deficiências no Sistema de Saúde responsável pelo atendimento devem ser consideradas. Os resultados deste estudo, entretanto, disponibilizam subsídios que podem promover a melhoria do gerenciamento sanitário dos acidentes ofídicos no Estado do Rio Grande do Norte.

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