Introdução: O milho é um cereal bastante consumido na região Nordeste (NE) do Brasil tanto como produto industrializado quanto na forma in natura e sua utilização na alimentação humana e animal, desempenha importante papel socioeconômico. O cultivo do milho predomina no período chuvoso, porém, em alguns anos ocorrem veranicos e a cultura fica sujeita ao déficit hídrico (Carvalho et al., 2013). Com isso, a baixa disponibilidade de água no solo limita o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas agrícolas (Oliveira et al., 2011), em que se faz necessário o uso da irrigação. O manejo correto da irrigação e de material vegetal para cobrir o solo reduz o nível de estresse hídrico. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento da cultura do milho, através da utilização de turnos de rega e uso de cobertura morta no cultivo do milho na região do Sertão Alagoano. Metodologia: O experimento foi conduzido no IFAL/Campus Piranhas entre fevereiro e maio de 2018 em uma área de 442 m.2 O clima da região, segundo Köppen, é do tipo Bssh, muito quente, semiárido, com estação chuvosa centrada nos meses de abril, maio e junho. A precipitação pluvial média anual da região é de 483 mm (Souza et al., 2010). Os dados meteorológicos foram obtidos na estação automática de aquisição de dados do INMET, localizada no IFAL/Piranhas. O delineamento experimental utilizado foi em faixas subdivididas com quatro repetições. Nas faixas principais ficaram os tratamentos com turno de rega (1, 2 e 3 dias por semana) e nas subfaixas o uso de cobertura morta (com e sem). A biometria foi realizada a partir dos 30 dias, a cada 15 dias, avaliando-se as variáveis de altura do dossel, diâmetro do colmo e índice de área foliar. A irrigação foi realizada via sistema de gotejamento. Resultados e Discussão: A precipitação pluvial durante o ciclo de produção do milho somou 95 mm, o que corresponde a apenas 21% da evapotranspiração da cultura (ETc) total no ciclo que foi 654 mm. A irrigação foi aplicada de forma plena durante todo o ciclo de cultivo devido ao baixo índice pluviométrico nesse período. Os valores médios diários das lâminas aplicadas foram 23, 14 e 10 mm em T1, T2 e T3, respectivamente. Observa-se nas variáveis biométricas obtidas ao longo do ciclo de cultivo do milho que não houve diferença na altura do dossel e nem para o índice de área foliar (IAF) tanto entre os turnos de rega quanto entre o cultivo com e sem cobertura. Entretanto, para o diâmetro do colmo no turno de rega de dois dias, houve diferença entre o cultivo com e sem cobertura durante todo o período. Considerações finais: O crescimento do milho na região do sertão alagoano não apresenta muitas diferenças entre os manejos com turnos de rega de 1, 2 ou 3 dias na semana.