INTRODUÇÃO
Na região Semiárida brasileira, a palma forrageira é considerada uma importante alternativa para alimentação dos rebanhos em épocas de estiagens prolongadas, pela sua adaptação as condições edafoclimáticas da região e pela grande eficiência no uso da água. Com o surgimento da Cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae) que dizimou campos de palma, susceptíveis a esta praga, ocorreu a necessidade de buscar alternativas para amenizar os problemas trazidos pela mesma. Uma das alternativas foi a utilização de variedades resistentes ao inseto-praga, dentre elas, a Orelha de Elefante Africana (Opuntia undulata). Essa variedade apresenta grandes potencialidades para se tornar mais uma alternativa de cultivo. Com isso esse trabalho visa avaliar o comportamento agronômico da palma forrageira, variedade Orelha de Elefante Africana, submetida a diferentes espaçamentos com e sem adubação orgânica utilizando esterco bovino.
METODOLOGIA
O experimento está sendo conduzido, em regime de sequeiro, na Estação Experimental Ignácio Salcedo, localizado no município de Campina Grande/PB. O delineamento experimental em blocos casualizados, no Fatorial 4 x 2, sendo 4 espaçamentos (E1: 1,5 x 0,5 x 0,5 m, E2: 1,5 x 0,8 x 0,5 m, E3: 1 x 1 m e E4: 1 x 0,8 m) com presença (40 t/ha) e ausência de adubo orgânico (esterco bovino), com 3 repetições. A adubação foi realizada 70 dias após o plantio (DAP). As avaliações foram realizadas aos 90, 120 e 150 DAP, para altura (AP) e largura (LP) de planta, número de cladódios por planta (NCP), comprimento (CC), largura (LC), perímetro (PC), espessura (EC) de cladódio e área de cladódio (AC). A AC foi determinada conforme Silva et al. (2014).
Os dados foram submetidos a análise de variância e médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa estatístico Sisvar (FERREIRA, 2011).
RESULTADOS
Os maiores valores para LP, até 120 DAP, foram observados nos espaçamentos E3 e E4, diferindo estatisticamente apenas do espaçamento E1. Já aos 150 DAP, apesar de não haver diferença significativa entre os espaçamentos, os maiores valores também foram observados nos tratamentos E3 e E4 com valores de 50.86 e 50.81 cm, respectivamente. Para o NCP os valores máximos estiveram sempre associados ao espaçamento E3, porém, aos 90 e 150 DAP o mesmo não diferiu estatisticamente do E4, já aos 120 DAP diferiu apenas do E2.
Para as variáveis LP e NCP os maiores valores foram observados nos tratamentos com as menores densidades de plantas.
A utilização do esterco influenciou significativamente a variável AC, com valores de 262,98 e 270,28 cm2, aos 120 e 150 DAP respectivamente, estes resultados refletem um acréscimo na área do cladódio com uso desta prática.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As menores densidades de plantas proporcionaram maior largura de plantas e número de cladódio por planta.
O uso da adubação orgânica proporcionou um aumento na área do cladódio.