Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DOS EXTRATOS BRUTOS DA ANADENANTHERA COLUBRINA (VELL.) BRENAN

Palavra-chaves: ANTIOXIDANTES, ANANDENANTHERA COLUBRINA, CAATINGA, METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Comunicação Oral (CO) AT 12 - Saúde: ciência e saberes no semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

A Caatinga apresenta riqueza em plantas que, como estratégia de sobrevivência, produzem um número maior de metabólitos secundários. Estes são de grande importância, uma vez que possuem efeitos biológicos sobre várias patologias, sendo importantes fontes de pesquisa para produção de fitofármacos. Algumas moléculas produzidas durante condições adversas, como compostos fenólicos e suas diferentes classes, possuem atividade antioxidante, diminuindo o estresse oxidativo e como consequência, mutações no DNA (GODIC et al., 2014). As plantas do gênero Anadenanthera pertencem a família Fabaceae e são muito usadas na medicina popular como antidiarreico e no tratamento das infecções pulmonares e vias respiratórias. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo determinar a caracterização fitoquímica dos extratos metanólico e aquoso de ramos da Anadenanthera colubrina e comparar seus resultados com ensaios in vitro do seu potencial antioxidante. As plantas foram coletadas em Buíque-PE, processadas e depositadas no Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco. Os extratos foram caracterizados pelo método de Cromatografia em Camada Delgada (CCD). A dosagem de Fenóis foi feita de acordo com o método de Folin-Ciocalteu (2007) e os resultados foram expressos em miligrama Equivalente de Ácido Gálico por grama do extrato. Os flavonóides foram mensurados através da metodologia de Woisky e Salatino (1998). Os resultados foram expressos em miligrama Equivalente da Quercetina por grama do extrato. Para atividade sequestradora de radical livre foi usado o radical estável DPPH. O resultado foi expresso como IC50 (Concentração Inibitória de 50%). O ensaio de ABTS foi realizado de acordo com Re et al. (1999). A eliminação dos radicais foi estimada em porcentagem. O método de fosfomolibdênio foi realizado seguindo a metodologia de Prieto et al. (1999). Os resultados foram expressos em relação ao ácido ascórbico. Como resultado, o CCD mostrou que o extrato aquoso apresenta maior presença de metabólitos testados. A média do teor de compostos fenólicos do extrato aquoso (218,22 mg EAG/g1) foi maior do que a média do extrato metanólico (104,06 mg EAG/g1). A concentração de flavonóides nos valores de 1,31 mg EQ/g1 para o extrato metanólico e 2,88 mg EQ/g1 para o extrato aquoso não foi significativa em comparação com os valores da quercetina (99,18 mg EQ/g1). No teste de DPPH, o extrato aquoso (290,46 µg/mL) apresentou melhor IC50 em comparação com o extrato metanólico (391,19 µg/mL). Os experimentos mostraram que o extrato aquoso apresentou 82,99% de inibição do radical ABTS e o extrato metanólico apresentou 82,2%, enquanto o Trolox, utilizado como padrão, apresentou 70,91% de inibição. No teste de fosfomolibdênio, o extrato aquoso (137,65%) apresentou maior atividade em relação ao extrato metanólico (34,35%) e ao ácido ascórbico (100%). Com base nos resultados obtidos no presente estudo, concluiu-se que os extratos metanólico e aquoso dos ramos da Anadenanthera colubrina apresentaram uma considerável atividade antioxidante e possuem quantidades substanciais de compostos fenólicos. Assim, esta espécie pode ser considerada uma boa fonte de antioxidantes. Além disso, apesar dos dois solventes serem capazes de extrair compostos biológicos, o extrato aquoso apresentou melhores resultados nos testes, por isso, pode ser considerado um melhor líquido extrator. E, por fim, são necessários mais estudos para isolar os compostos bioativos responsáveis pelos resultados positivos obtidos para avaliar mais detalhadamente sua capacidade antioxidante.

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