A expansão histórica da agricultura em larga escala ficou conhecida como Revolução Verde, marcou um período de mudança nos métodos de produção agrícola, com a inserção de novas tecnologias, como também, intensificação no uso de agroquímicos que tinham objetivo de aumentar a produtividade. No processo de transição dos métodos de produção provenientes da Revolução Verde, a agricultura familiar acabou sendo prejudicada. A desvalorização do conhecimento tradicional e empírico dos agricultores afetou diretamente a qualidade dos alimentos produzidos e também contribuiu para uma extensa degradação ambiental. Por isso existe a necessidade de desenvolvimento da Educação Ambiental, especialmente em propriedades rurais, para incentivar uma melhor relação entre técnicas sustentáveis de produção, como a agroecológica, com desenvolvimento e meio ambiente se tornou fundamental. O objetivo dessa pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância da Agroecologia e da Educação Ambiental na construção de uma agricultura sustentável. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma revisão bibliográfica, envolvendo publicações pertinentes a Agroecologia e a Educação Ambiental. Para tanto, foram pesquisados artigos científicos, livros e legislações brasileiras sobre a temática estudada. Para a pesquisa, foram utilizados termos de busca que melhor expressassem o objetivo da pesquisa sobre a temática estudada, a saber: Agroecologia, agricultura familiar, agricultura sustentável, agricultor, Educação Ambiental e Revolução Verde. Foram utilizadas citações de 29 trabalhos publicados em artigos científicos ou livros para a escrita e embasamento do trabalho, onde, deste total, 68,9% foi referente a trabalhos publicados nos últimos cinco anos. A Agroecologia surgiu em meio a crises socioeconômicas e ambientais associadas ao meio rural, se apropriando de conhecimentos e técnicas com objetivo de se contrapor aos padrões de desenvolvimento e produção que acarretaram no estabelecimento dessas crises. Na Agroecologia é possível incorporar novos conhecimentos e práticas a agricultura, abordando as dinâmicas de produção em uma vertente mais sustentável, resgatando e promovendo relações com os conhecimentos tradicionais já existentes, valorizando a cultura histórica das relações entre sociedade e meio ambiente. A presença da Educação Ambiental no campo também é importante, especialmente no semiárido, com o uso de metodologias alternativas que aproximem o saber científico do saber tradicional, concretizando assim, mudanças necessárias na redução de impactos ambientais derivados de atividades insustentáveis que sejam desenvolvidas na zona rural. A busca por uma agricultura que seja considerada sustentável vem se tornando mais necessária e, o processo de Educação Ambiental bem aplicado reconhece o trabalho, saberes e a cultura dos agricultores familiares, que acabam ficando a margem dos métodos de produção da agricultura convencional. Os agricultores são impactados diretamente pelas técnicas produtivas da agricultura convencional, o que tem influenciado a forma com que esses agricultores lidam com a terra e com a produção, ressaltando a necessidade de assistência técnica contínua e de incentivo à produção de alimentos de forma agroecológica. A Educação Ambiental enquanto processo de formação formal e informal pode auxiliar na sensibilização dos agricultores no campo, para que estes percebam a importância socioambiental de produzir alimentos de forma mais sustentável, baseado nos princípios da Agroecologia.