Este artigo apresenta recorte de uma pesquisa de doutoramento concluída. Para este texto, objetiva-se discutir sobre os sentidos e significados que professores formadores e licenciandos em matemática atribuem às suas ações formativas, no contexto da prática cotidiana da formação inicial que desenvolvem. O desafio foi investigue para compreender o que pensam e como agem professores formadores e licenciandos, sobremaneira em relação às suas ações desenvolvidas no processo de formação, tendo em vista a complexidade dos problemas relacionados ao ensino e aprendizagem dos alunos das escolas públicas brasileira, sobretudo em relação à matemática. Partindo deste objetivo e motivação, a discussão é permeada por movimentos reflexivos em torno de saberes docentes específicos e pedagógicos constituídos na experiência de ser e se tornar professor de matemática. Os sujeitos da pesquisa são três professores de matemática, uma professora das disciplinas pedagógicas e cinco licenciandos do último período do curso supracitado. Para a coleta dos dados empíricos, com os professores, a técnica utilizada foi entrevista semiestruturada; com os licenciandos, Grupo Focal. Os dados foram analisados sob o prisma qualitativo da análise textual discursiva e discutidos na perspectiva da abordagem narrativa. Os resultados destacam que, as ações de formar e se formar para ensinar matemática reivindicam conhecimento específico e pedagógico aprofundado, e reflexão crítica em relação aos modos de trabalhar esses saberes; habilidades interventivas sobre questões sociais; resiliência e formação para além de saberes acadêmicos específicos e pedagógicos, os quais exercem papel importante em relação às ações e possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional.