Este artigo trata dos desafios no trabalho de professores de Matemática não indígenas que atuam em
escolas indígenas no município de Dourados/MS, por meio das vozes dos sujeitos participantes da
pesquisa de Tese intitulada “O trabalho de professores não indígenas de matemática no contexto da
escola indígena: olhares para (im)possibilidades de bem-estar/mal-estar docente”. Trata-se de um
recorte e de parte dos resultados da pesquisa que teve como objetivo geral analisar as
(im)possibilidades de construção do bem-estar no trabalho de professores de Matemática não
indígenas, que atuam em escola indígena. Utilizou-se da abordagem qualitativa de pesquisa e os dados
foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico e de entrevista semiestruturada. O
aporte teórico está baseado em autores como Nóvoa, Cziksentmihalyi, Jesus, Jesus e Santos, Esteve,
Rebolo, Tardif e Lessard, Basso, Fiorentini, D’Ambrósio, Nascimento, Moraes e Galiazzi, entre
outros. A Análise Textual Discursiva – ATD foi utilizada como método de análise. Os sujeitos da
pesquisa foram sete professores de Matemática não indígenas que atuam em escolas indígenas da
Reserva Indígena de Dourados – RID, no município de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul. Os
resultados apontam, por meio das vozes dos sujeitos da pesquisa, que esses professores, apesar de
enfrentarem dificuldades e desafios presentes no cotidiano da sala de aula, criam estratégias de
enfrentamento das situações vivenciadas no cotidiano do trabalho docente.