Nesse contexto, o presente trabalho é fruto das leituras, discussões e pesquisas fomentadas na disciplina de Currículos e Programas no curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, campus Iguatu, que tem como objetivo refletir sobre as teorias do currículo reconhecendo-as no contexto da matriz curricular do curso, assim como, em documentos oficiais pesquisados em uma escola pública de Iguatu-CE. O trabalho resultou de estudos teóricos e análises práticas na disciplina de Currículos e Programas no Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE. Na ocasião analisamos a matriz curricular do curso articulando com os conceitos e fundamentos estudados, bem como alguns documentos curriculares em uma escola pública na cidade de Iguatu, focando no conteúdo da disciplina de química. Assim, o referido estudo é de caráter bibliográfico. Portanto, o estudo nos possibilitou tecer reflexões sobre a organização curricular dos conteúdos escolares, e como estes se articulam com as práticas do cotidiano, proporcionando uma compreensão de sua construção no campo teórico, o currículo oficial e sua aplicabilidade na prática, o currículo real. A análise da matriz curricular do curso de química possibilitou uma apreensão mais clara com relação às aptidões, habilidades e competências que o curso de Licenciatura em Química deve formar. Assim como, constatamos que a matriz curricular do curso atende a maioria dos elementos que são norteados pelas diretrizes curriculares para o ensino de química. Percebemos ainda, que a escola analisada propõe em seus documentos um ensino numa perspectiva crítica do currículo, embora ficassem nítidos os aspectos da teoria tradicional nas discrições nas metodologias dos conteúdos que devem ser ensinados. Em suma, estudar a teoria curricular nos leva a entender que os conteúdos curriculares não são escolhidos de forma aleatória e neutra, pois eles são permeados de subjetividades e relações ideológicas de poder, assumindo assim, um papel fundamental na construção da identidade dos sujeitos que a escola pretende formar.