Compreendendo a importância de conhecer as transformações ocorridas na paisagem e apreender as histórias do lugar vivido, o presente estudo tem por objetivo compartilhar experiências de práticas pedagógicas vivenciadas dentro e fora de sala de aula, com alunos do sexto ano de uma escola municipal do Recife, ao trabalhar o tema da Revolução Pernambucana de 1817. Para o desenvolvimento do trabalho foram abordados conceitos de espaço, lugar e paisagem; consulta a documentos oficiais do Ministério da Educação e a Política de Ensino do Recife. Uma das diretrizes deste documento escreve que se deve ofertar uma prática pedagógica que mobilize capacidades e interesses individuais, participação coletiva, e que favoreça aos envolvidos no processo educativo o desenvolvimento da autonomia e da capacidade de aprender. Com base nesta orientação, realizaram-se as atividades em sala de aula: pesquisa sobre a Revolução e sua importância; locais históricos e patrimônios da cidade; apropriação do lugar, da cultura e dos aspectos afetivos; trabalho com mapas, apreendendo as mudanças ocorridas na sua paisagem. Posteriormente, realizou-se uma aula de campo no Forte das Cinco Pontas, escolhido por ser uma fortificação histórica, sendo possível a partir do próprio edifício, contar a história do Recife, compreender seu processo de ocupação e a diversidade cultural. Essas atividades permitiram aos alunos a observação empírica dos fenômenos estudados em sala de aula, fortalecendo o conhecimento sobre a Revolução de 1817. Sendo assim, as práticas pedagógicas propostas permitiram a formação de cidadãos ativos e críticos que conhecem sua história e se reconhecem em seu lugar.