De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96),
a Educação Física configura-se como componente curricular obrigatório na educação básica, devendo
estar presente em todas as etapas da escolarização e integrada à proposta pedagógica das escolas (e dos
sistemas de ensino). Porém, para que ocorra uma prática satisfatória e de qualidade, é preciso que as
políticas educacionais, as escolas e o pedagogo/professor estejam preparados, especialmente nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, para oferecerem uma Educação Física que ultrapasse o senso comum
e evidencie uma sistematização de seus conteúdos, métodos de ensino e formas de avaliação da
aprendizagem. Assim, o presente artigo buscou refletir sobre as potencialidades pedagógicas advindas
com o uso de livros didáticos (manuais) de Educação Física nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
e para isso, utilizou-se como procedimento metodológico, a pesquisa bibliográfica e documental, a
partir da investigação em diferentes fontes de conhecimento, dispositivos legais e documentos
pedagógicos e curriculares, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Guia do PNLD
2019 - Educação Física. Percebeu-se que a adoção e o uso crítico e consciente de livros didáticos em
Educação Física pelo pedagogo/professor poderá contribuir para (re)configurar o processo ensinoaprendizagem
da disciplina, baseando-se nas práticas corporais e na linguagem corporal, além de
promover a sua valorização no ambiente escolar, com a possível diminuição da negligência da prática
escolar, da incidência do “rolar a bola” ou do direcionamento de atividades desenvolvidas por
programas de complementação pedagógica, como o Mais Educação.