Este artigo teve como objetivo analisar o processo ensino-aprendizagem por meio do eixo da oralidade utilizando-se da contação de estórias infantis para alunos com necessidades especiais, Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). A pesquisa foi feita com alunos de nove e treze anos em uma escola pública do DF utilizando como exemplo a História de Chapeuzinho Vermelho. A metodologia utilizada foi uma pesquisa-ação. O ser humano é multifacetado, traz em sua composição dificuldades e facilidades para aprender. Ao professor fica a responsabilidade de construir um olhar que o possibilite enxergar seu aluno como um todo e que tendo a habilidade de lançar esse olhar, busque caminhos e estratégias diversas para adentrar ao universo do educando. Por meio da divulgação de ideias como as de Freire e Vygotsky, como da mediação e da internalização, vem-se configurando uma visão essencialmente social para o processo de aprendizagem. Numa perspectiva histórico-cultural, o enfoque está nas relações sociais. É por meio da interação com outros que a criança incorpora os instrumentos culturais. A percepção da oralidade e da escrita enquanto práticas sociais da linguagem revelam a educação na língua materna como competência comunicativa do aluno para atuação em diferentes contextos. Observou-se que as atividades orientadas à oralidade são positivas para potenciar linguística e socioculturalmente a todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, assim como na elaboração de estratégias linguísticas a partir de situações, temporalidades, ambientes de convívios e personagens que compõem a sua leitura, o seu “estar” no mundo.