Este artigo é resultante das discussões e reflexões proporcionadas pela disciplina de Gestão Escolar do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/CAA), no qual se buscou compreender como são caracterizadas as relações entre gestão escolar e comunidade escolar e como a gestão pode desenvolver princípios de democracia e de participação em suas práticas cotidianas. Para embasar nossa compreensão acerca da Gestão Escolar, Democratização e Participação escolar recorremos às contribuições de: Libâneo, Oliveira e Toschi (2003), Libâneo (2001), LDB (1996), Paro (2008), Botler (2007), Sordi, Bertagna e Silva (2016), Veiga (2004), Russo (2014) dentre outros. No percurso metodológico utilizamos a pesquisa qualitativa e exploratória, através do estudo de campo, realizando para a coleta de dados uma entrevista semiestruturada com a gestora de uma escola Municipal da cidade de Toritama- PE, e através das respostas obtidas fizemos a análise dos dados relacionando dialeticamente com os teóricos estudados. Nos resultados notou-se que a compreensão de “participação”, como sendo um elemento fundante do modelo de gestão democrática defendido pela gestora, é visto apenas como um ato apenas de “estar presente em reuniões, e fazer propostas”, no entanto, em ultima instância a decisão final caberia sempre à gestora significando assim uma “falsa participação democrática”. Diante disso, entendemos que é imprescindível a participação de todos nas decisões, não apenas sugerindo, mas também na efetivação dessas decisões, sendo necessário que as propostas sejam ouvidas e colocadas em prática, desta forma ocorrerá de fato um trabalho pautado na compreensão de gestão democrática participativa.