A Educação Inclusiva é um processo em constante crescimento em nossa
sociedade, refletindo em escolas da rede regular de ensino com uma diversidade cada vez
maior nas salas de aula. Diante desse quadro, levantamos um questionamento: como os
professores e futuros professores de Química estão sendo preparados para trabalhar com essa
diversidade? Dentro dessa problemática, o presente trabalho consiste em um relato de
experiência de uma aula planejada e ministrada por uma aluna da disciplina de Prática
Profissional IV, do curso superior de Licenciatura em Química, turno noturno, do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus Sousa, sob a perspectiva da
Educação Inclusiva, tendo como conteúdo/tema Propriedades Periódicas dos Elementos
Químicos, com enfoque em Raio Atômico, e utilizando-se de estratégias inclusivas no ensino
de Química para alunos com deficiência visual. Através dessa aula, a licencianda em Química
confrontou seus receios e medos (como ensinar Química a um aluno com deficiência visual?)
e venceu os obstáculos que surgiram no caminho (planejamento), desenvolvendo um material
didático bidimensional tátil, que facilitou a compreensão do determinado assunto. Essa
experiência em um curso de formação docente é de extrema importância, pois possibilita aos
futuros professores a encarar os problemas e as dificuldades oriundos da utilização de
métodos e técnicas de ensino de Química que desconsideram as propriedades plurais de uma
sala de aula, caracterizada pela diversidade.