Resumo
O objetivo principal deste trabalho é contribuir com dados construídos durante a pesquisa realizada no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017 sobre: o uso da máscara (mukange) nas divindades do Candomblé Bantu, na Baixada Fluminense. Uso esse que reforça a importância de sua inclusão na construção do Brasil, através da arte, trazendo novos conteúdos a serem incluídos nas grades curriculares, como implementação da Lei 10.639/2003. O objeto constituiu-se em terreiros bantos tradicionais região supracitada. A justificativa quanto à escolha do local, prende-se ao fato de ter sido nessa região a maior incidência de escravos oriundos da África Centro-Ocidental durante o Tráfico Transatlântico, que durou desde o século XVI até o XIX. Pouco se sabe sobre essas tradições e referências culturais. Embora permaneçam vivas nos terreiros, passam despercebidas nas salas de aula dessa região demograficamente banta, e em outras regiões do Brasil. A metodologia utilizada baseou-se em visitas de campo, observações participantes e entrevistas nos terreiros da referida região. Devido o Candomblé Banto calcar-se na oralidade, utilizou-se equipamentos eletrônicos como, câmera fotográfica, gravador, computador, internet e redes sociais, tudo devidamente autorizado por quem de direito. Fez-se uso, também, de uma revisão bibliográfica entre autores ligados à temática. Espera-se que esses resultados inseridos na Educação despertem o interesse dos jovens pela arte negra banta. E que se desdobrem em mecanismos que venham fortalecer a busca pela visibilidade de um povo que foi um dos três formadores da nossa Nação e da construção da nossa Língua.
Palavras-chave: Artes, Candomblé Banto, Educação, Inclusão, Máscaras.