O trabalho apresentado é fruto de trabalho de campo e visitas realizadas ao acampamento cigano Calon localizado no Estado de Alagoas, no município de Carneiros, distante 246 km da capital Maceió. Chefiada por Francisco Ferraz, morador mais velho, atualmente, residem na comunidade cerca de 65 famílias, em grande parte originárias do estado da Bahia. Atualmente estão em luta pela construção de casas na área onde vivem há mais de 10 anos. Na comunidade existe em torno de 80 crianças. As crianças e jovens estudam, em sua maioria, na Escola Estadual de Educação Básica Genivaldo Novais Agra localizada a duas ruas do acampamento, com um número significativo de alunos ciganos matriculados, cerca de 60 crianças (número informado pelos pais ciganos). O presente trabalho é fruto de entrevistas com os pais, crianças e jovens ciganos (de 6 à 16 anos) que frequentam a escola. A necessidade dessa reflexão surgiu após ouvir relatos de crianças e jovens que não queriam mais frequentar a escola alegando que sofriam violência física dos alunos não ciganos, além de serem também agredidos verbalmente por estes. Pretendo responder as perguntas: Até que ponto a escola está preparada para tratar da diversidade cultural? Quais os principais entraves à permanência das crianças e jovens ciganos na escola?