O presente resumo tem por objetivo analisar as obras Senhora de José de Alencar e A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo; destacar os perfis das heroínas Aurélia Camargo e D. Carolina em seu contexto histórico, ou seja, a sociedade burguesa. Para isso buscou-se embasamento teórico em Samira Campedelli, Jésus Souza, Ernani e Nicola, bem como as obras citadas anteriormente. Tendo cunho qualitativo e bibliográfico.
As obras foram analisadas individualmente e comparadas em seguida. As duas obras compõem o Romantismo, uma expressão artística burguesa, que foi diretamente influenciada pelas transformações político-econômicas, como a Revolução Francesa que desencadeou o Romantismo e a Revolução Industrial que proporcionou a ascensão econômica burguesa, ocorridas no meio social do séc. XIX.
Devido ao avanço da classe média, fez-se necessário uma literatura menos rebuscada e erudita, uma literatura simples de fácil compreensão, voltada para a vida da sociedade vigente, ouve um distanciamento da literatura clássica, da Grécia, produzindo uma literatura genuinamente nacional.
No Brasil o Romantismo foi difundido por meio de folhetins, destacando-se os autores Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar.
Faz-se fundamental o conhecimento destas obras, pois A Moreninha foi oficialmente a primeira obra do Romantismo do Brasil, possuindo também caráter histórico e Senhora, pois contém características de uma sociedade em transição, possibilitando uma observação de aspectos de um pré-realismo, bem como a realidade por trás da sociedade.